PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A pesca esportiva vai além de simplesmente lançar a linha à água: é uma prática que combina técnica, conservação ambiental e contato profundo com a natureza. Em Mato Grosso, onde rios, lagoas e reservatórios formam um mosaico de habitats aquáticos, essa modalidade ganha contornos ainda mais especiais, atraindo desde iniciantes curiosos até pescadores experientes em busca de grandes desafios.
Com uma extensão territorial que abriga ecossistemas únicos — do Pantanal à Chapada dos Guimarães —, Mato Grosso desponta como um dos destinos mais promissores para a prática da pesca esportiva. Seja à beira de rios de águas calmas ou em lagoas cercadas pela vegetação nativa, o estado oferece cenários ideais para quem busca contato com a natureza e, ao mesmo tempo, excelentes condições para a pescaria.
Rio Cuiabá e São Lourenço
O Rio Cuiabá e o Rio São Lourenço despontam como destinos de referência para a pesca esportiva. Com amplas calhas que serpenteiam por vegetação exuberante, ambos se destacam não apenas pela extensão de suas margens, mas pela variedade de ambientes – de corredeiras suaves a poções mais tranquilas – que atendem tanto a pescadores iniciantes quanto a experientes.
Para iniciantes, a escolha do local faz toda a diferença. Áreas como a Baía das Pedras, no município de Poconé, reúnem serviços de apoio, guias experientes e infraestrutura básica de hospedagem, garantindo que a primeira experiência seja segura e prazerosa. O Lago do Manso, Rio Manso, afluente do Rio Cuiabá, próximo a Chapada dos Guimarães, também atrai pescadores novatos por suas águas protegidas e variedade de peixes como o tucunaré e o pacu.
Nessas águas, é possível encontrar exemplares como dourado, pintado, cachara e pacu, entre outras espécies nativas que prosperam graças às políticas de conservação adotadas no estado. A diversidade biológica desses rios faz com que cada saída de pesca seja uma experiência única, desafiando o pescador a explorar diferentes pontos – das margens arenosas às ilhas formadas durante a estação seca.
Quem já tem prática pode aventurar-se em rios mais volumosos, como o Cuiabá e o Araguaia, onde a pesca de grandes exemplares exige técnica e paciência. Trechos em bairros ribeirinhos ou em fazendas pesqueiras especializadas costumam oferecer pacotes completos, com inclusive churrasco à beira d’água e passeios de barco para explorar áreas mais remotas.
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Rio Paraguai
Com cerca de 2.695 km de extensão e uma bacia que abrange 365.592 km², o Rio Paraguai desponta como um dos grandes palcos da pesca esportiva em Mato Grosso. Reconhecido pela riqueza de seus cardumes, o rio atrai tanto quem busca espécies comuns – como pintado, cachara e pacu – quanto aqueles em busca de peixes mais raros, como a piraputanga, típica da região pantaneira.
Originário do planalto central do Brasil e servindo de fronteira natural com o Paraguai, o rio percorre ainda trechos na Bolívia e Argentina antes de desaguar no rio Paraná. Em Mato Grosso, seus trechos mais visitados concentram-se próximo aos municípios de Cáceres e Porto Esperidião, de onde partem embarcações que levam pescadores a pontos estratégicos das ilhas e corredeiras.
A diversidade de ambientes – de canais calmos a remansos profundos – favorece tanto pescarias de costa quanto expedições de barco. Pesqueiros locais oferecem estrutura completa: hospedagem ribeirinha, aluguel de barcos com motor de popa, guias especializados e orientação sobre iscas vivas ou artificiais. Para iniciantes, essas bases garantem segurança e conforto; já os pescadores experientes podem explorar áreas mais remotas, em busca de exemplares de maior porte.