ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Após explosão de casos de dengue, zika e chikungunya em Cuiabá, o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca Costa, junto do titular da 7ª Promotoria de Justiça Cível da Capital - Defesa da Cidadania (Saúde), Milton Mattos da Silveira Neto, se reuniu com o prefeito Abilio Brunini (PL), para debater a criação de um Centro de Referência Pediátrico no combate aos casos de infecção de arboviroses.
Entre os temas discutidos estão a prevenção e o combate às arboviroses em Cuiabá (dengue, zika e chikungunya), abertura/instalação de um Centro de Referência Pediátrico com triagem e atendimento rápido para crianças e adolescentes com sintomas de arboviroses e doenças típicas dessa faixa etária; falta de medicamentos na atenção básica e realização de cirurgias eletivas.
De acordo com o Boletim Epedemiológico divulgado nesta quinta-feira (06), somente de dengue foram notificados 1.1557 casos, já chikungunya 4. 491 casos e foram confirmados de dengue 881 casos e de chikungunya 4.296 casos somente em Cuiabá.
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Em 2025, há 02 óbitos por Dengue em investigação, já para Chikungunya foram confirmados 11 óbitos e outros 6
seguem em investigação. Verificou-se uma queda nas notificações no período do feriado, porém esses números podem aumentar devido as notificações tardias que ainda não foram inseridas no sistema.
Diante do cenário atual, recomenda-se que os moradores de Cuiabá estejam atentos e adotem medidas eficazes para prevenir e controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti em suas residências e locais de trabalho, principalmente durante o período chuvoso. O descuido na eliminação de criadouros contribui para o aumento de pessoas contaminadas, que pode resultar em uma sobrecarga nos sistemas de saúde.
Conforme o promotor de Justiça Milton Mattos da Silveira Neto, o município possui 53 médicos pediatras em seu quadro e precisa contribuir com a saúde pública, especialmente diante da suspensão do atendimento do ambulatório pediátrico do Hospital Estadual Santa Casa em razão da superlotação de pacientes, diante do aumento significativo da demanda por atendimentos em casos de arboviroses (dengue, zika e chikungunya) e de doenças respiratórias virais.
Na última semana de fevereiro, a 7ª Promotoria de Justiça Cível da Capital recomendou ao Município e à Secretaria Municipal de Saúde que tomem as medidas necessárias para a instalação de um Centro de Referência Pediátrico em Cuiabá, até que se terminem as obras do Centro Médico Infantil junto ao Pronto Socorro.
Plano de ação em Cuiabá
Após a reunião com o promotor do Ministério Público Estadual, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá divulgou o Plano de Contingência Municipal para Arboviroses, o documento elaborado pela Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde e pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Cuiabá), apresenta um panorama do aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e os riscos dessas doenças. O plano traça estratégias para prevenir e mitigar a propagação dessas doenças, garantindo o atendimento adequado à população.
O Plano de Contingência visa mapear riscos e definir estratégias para enfrentamento dessas doenças
Níveis de Ativação do Plano de Contigência
A implementação do plano seguirá três níveis de resposta, definidos conforme a avaliação de risco das doenças, sua disseminação sazonal, gravidade, letalidade e vulnerabilidade da população. Esses níveis garantem que as ações sejam proporcionais às necessidades epidemiológicas do momento.
Diversos setores da gestão municipal atuarão na prevenção e no controle das arboviroses:
• Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS): monitoramento da situação epidemiológica e emissão de alertas.
• Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ): controle do vetor, monitoramento e bloqueios químicos.
• Vigilância Ambiental: análise de áreas de risco e avaliação de impactos ambientais.
• Vigilância Epidemiológica: monitoramento de casos, notificação e investigação epidemiológica.
• Assistência Primária, Secundária e Terciária: organização da rede de atendimento para casos suspeitos e graves.
• Gestão Municipal: fornecimento de recursos e coordenação do Comitê de Ação Preventiva.
• Comunidade: participação ativa na eliminação de criadouros e adoção de medidas preventivas.
