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Política e Judiciário Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 14:34 - A | A

29 de Julho de 2025, 14h:34 A- A+

Política e Judiciário / MUDANÇA NA PASTA

Secretária de Saúde de Cuiabá deixa cargo em meio a desgaste político e críticas na Câmara

Saída de Lúcia Helena Ribeiro encerra meses de embates com vereadores e sinaliza tentativa do prefeito de reduzir tensões com o Legislativo

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Pressionada por vereadores e desgastada politicamente, a secretária municipal de Saúde de Cuiabá, médica pedriatra Lúcia Helena Ribeiro, deixará o cargo.

A saída, que deve ser confirmada nesta terça-feira (29) pelo prefeito Abilio Brunini (PL), ocorre em meio a uma onda de críticas na Câmara Municipal, inclusive entre aliados do Executivo, sobre sua atuação à frente da pasta.

Nomeada em janeiro como uma das primeiras integrantes do atual governo, Lúcia vinha enfrentando pressões por suposta falta de diálogo e dificuldade em atender às demandas encaminhadas pelo Legislativo.

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Apesar das críticas, o prefeito Abilio vinha defendendo a atuação de Lúcia Helena à frente da Saúde. Em entrevista concedida há cerca de um mês, destacou avanços na pasta, como a redução no tempo de espera nas unidades de pronto-atendimento (UPAs), e atribuiu parte do atrito com os vereadores ao perfil técnico da secretária. “A Secretaria de Saúde é um órgão técnico, ela [Lúcia Helena] não é política. E lá na Secretaria de Saúde nós não damos mais a forma de tratamento da Secretaria de Saúde que era no passado. Alguns vereadores gostariam que a pessoa talvez fosse um pouco mais política, mas infelizmente a Lúcia, que é secretária de Saúde, ela é mais técnica e menos política”, afirmou na ocasião.

Outro episódio que acentuou a tensão em torno da gestão da Saúde foi a possibilidade levantada por Abilio de transferir para o Governo do Estado a administração do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e do Hospital São Benedito. A sugestão provocou reação imediata do governador Mauro Mendes (União Brasil), que criticou duramente a proposta.

“Abilio não pode abrir mão de suas funções de cuidar da saúde. Ele foi eleito e sabia disso; se não sabia, deveria ter sabido antes. Nenhum prefeito pode vir com essa historinha. A Prefeitura tem obrigações e não pode se eximir delas”, disparou o governador em entrevista à imprensa na última sexta-feira (25). Para Mendes, a Prefeitura não pode se eximir das responsabilidades constitucionais com a saúde pública.

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