DA REDAÇÃO
No dia 6 de julho, completa-se um ano da morte do advogado e ex-presidente da OAB/MT, Renato Gomes Nery, que foi fatalmente baleado na calçada do seu escritório na movimentada Avenida Fernando Côrrea, em Cuiabá. Para lembrar a data, a família prestará uma homenagem especial: uma estrela de granito foi colocada no local do ataque, e o prédio onde ele trabalhava passará a se chamar oficialmente “Edifício Renato Gomes Nery”.
Divulgação: Assessoria de Imprensa

“Nenhuma homenagem estará à altura do homem que meu pai foi. Queremos que ele seja lembrado para sempre como um homem íntegro, combativo e dedicado. Tentaram manchar sua imagem, mas não conseguiram porque seu valor é muito maior. Essa estrela no mesmo local onde atentaram contra sua vida e seu nome no alto do prédio vão sempre lembrar a todos disso”, afirma sua filha, Lívia Moreira Gomes Nery.
“Ele sempre lutou e trabalhou por justiça e morreu injustamente. Mas sua morte não será em vão. Seguimos acompanhando as investigações e toda a família está empenhada em ver os culpados julgados e condenados para que possamos ter paz”, completa Renata Moreira Gomes Nery, outra filha do advogado.
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Como estão as investigações?
A execução do advogado aconteceu em meio a uma disputa judicial por terras no município de Novo São Joaquim, a 485 km de Cuiabá. Renato Gomes Nery havia conquistado uma vitória importante no processo, o que teria causado prejuízos às partes adversárias. A Polícia Civil aponta uma trama complexa, com fortes indícios de crime premeditado, supostamente planejado por um casal que invadia as terras e com possível envolvimento de policiais militares.
O Ministério Público de Mato Grosso já denunciou quatro pessoas diretamente ligadas ao homicídio, entre elas empresários, policiais militares e o executor, que seria um caseiro contratado para a ação. Conforme o inquérito, o advogado foi alvo de uma organização criminosa que teria contratado policiais para planejar e executar o ataque, utilizando recursos financeiros cuja origem ainda está sob investigação. Estima-se que o crime tenha custado cerca de R$ 200 mil aos mandantes.
Até o momento, as investigações indicam a participação de policiais militares que já foram alvos de outras apurações, incluindo a 'Operação Simulacrum', que investigou um grupo de mais de 60 policiais suspeitos de 24 mortes simuladas em confrontos e que foram denunciados pelo Ministério Público. Contudo, em vez de serem afastados ou exonerados, esses agentes foram promovidos dentro da corporação e receberam cargos de confiança no Governo Estadual.