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Política e Judiciário Terça-feira, 02 de Janeiro de 2024, 15:30 - A | A

02 de Janeiro de 2024, 15h:30 A- A+

Política e Judiciário / GABINETE ESTADUAL DE INTERVENÇÃO

Unidades de saúde de Cuiabá foram entregues com estoque de medicamentos e insumos para 20 dias

Equipes das unidades trabalharam até o dia 30 de dezembro para deixar todas as farmácias abastecidas

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Após a Prefeitura de Cuiabá divulgar na segunda-feira (1) o relatório preliminar da equipe de plantão da Saúde apontando a falta de medicamentos e insumos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O Gabinete Estadual de Intervenção divulgou nesta terça-feira que no último dia 31 de dezembro, entregou a Saúde de Cuiabá com estoque de medicamentos e insumos da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais para os próximos 20 dias. Todas as unidades de saúde foram abastecidas e o Centro de Distribuição conta com estoque para manutenção das farmácias. A intervenção foi decretada, em março de 2023, pelo Tribunal de Justiça, após pedido do MP, e recebeu parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado.

O Gabinete investiu R$ 36 milhões em medicamentos e insumos, durante os 10 meses de atuação na Saúde de Cuiabá, sendo comprados mais de 17 milhões de produtos ao longo de 2023. 

Para as Unidades de Pronto Atendimento e Policlínica do Pedra 90, por exemplo, nos dias 28 e 29 de dezembro, foram realizados inventários para checagem se havia algum produto faltando nas farmácias. Na manhã de sábado (30) os itens solicitados pelos responsáveis técnicos foram enviados.

De acordo com a interventora Danielle Carmona, a equipe do Gabinete de Intervenção acompanhou de perto o trabalho dos responsáveis técnicos pelas farmácias, que atuaram nos últimos dias do ano para que não faltasse medicamentos e insumos para a população. Só ficaram fora do estoque aqueles que estavam em falta nos fabricantes ou nas distribuidoras.

“Nestes meses de trabalho, fizemos uma conscientização com os profissionais do SUS para trabalharmos com os medicamentos da Remume, que é a lista padronizada para rede municipal. Fixamos a lista nas mesas dos médicos e próximo às farmácias, para dar transparência ao que é comprado”, relatou a interventora.

Conforme a moradora do bairro Despraiado, Celina Ramos, paciente da unidade de saúde do bairro, sentiu muita diferença nos últimos nove meses.

“Depois da intervenção, a situação dos remédios melhorou 100%. Posso dizer isso com tranquilidade, pois meus medicamentos eu pego todos os meses. Nunca mais faltou. Antes da intervenção não tinha medicamentos. Não tinha um Anador, não tinha nada. Do jeito que a gente vinha, só ouvia não”, afirmou.

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Gabinete de Intervenção

Em março do ano passado, o Gabinete de Intervenção detectou que, dos 145 medicamentos essenciais, apenas 41 tinham estoque para atender por até 30 dias as unidades e 47% do total estavam com estoque zerado. As aquisições foram feitas conforme planejamento da equipe de Intervenção, que reorganizou os fluxos do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC) para que as farmácias sempre tivessem estoque de pelo menos 30 dias e não ocorressem desperdícios.

O Gabinete de Intervenção fez a transição de um sistema de gestão de estoques pago para o Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica - Hórus do Ministério da Saúde, que é gratuito e padronizado para entrada, saída e controle do estoque. Após inventário realizado no CDMIC por recomendação do Ministério Público do Estado (MPE), todos os itens guardados foram reorganizados de forma mais eficiente na unidade.

O resultado do inventário apontou que havia desorganização no CDMIC e falta de planejamento. Do total de 17.971.857 unidades de medicamentos e insumos que estavam na unidade no período do inventário (junho a setembro de 2023), 83,21% estavam com inconsistências como, por exemplo, a localização onde estão armazenadas. Com essa divergência, ao consultar no sistema se um medicamento está disponível ou não, os dados não serão precisos, e fazer com que o produto não seja localizado no estoque.

Em paralelo com o inventário, em uma parceria com o Gabinete de Intervenção, a Controladoria Geral do Estado (CGE) levantou os principais problemas e riscos da assistência farmacêutica da rede pública de Saúde de Cuiabá. O estudo da CGE resultou em mais uma ação do Gabinete de Intervenção para melhorar a assistência farmacêutica na Saúde Pública da Capital: a elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs).

“A definição desses procedimentos significa para a população a garantia que o medicamento chegue até ela. Esse é mais um legado que o Gabinete de Intervenção deixará para o município de Cuiabá”, destacou a interventora na Saúde, Danielle Carmona.

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