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Polícia Terça-feira, 20 de Maio de 2025, 11:27 - A | A

20 de Maio de 2025, 11h:27 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO RUSTIUS

Polícia Federal avança na investigação sobre suposto caixa dois em campanha eleitoral de Sorriso

Segunda fase da Operação Rustius apura suspeita de verbas irregulares na eleição de 2024 que elegeu Alei Fernandes; 17 pessoas já foram indiciadas

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na manhã desta terça-feira (20), a Polícia Federal deflagrou em Sorriso, Mato Grosso, a segunda fase da Operação Rustius, que investiga o uso de recursos irregulares na campanha eleitoral municipal de 2024. A ação mira práticas ilícitas relacionadas à arrecadação e movimentação de dinheiro na eleição que resultou na vitória de Alei Fernandes (União Brasil) para o cargo de prefeito.

Com o objetivo de aprofundar as investigações, agentes federais cumpriram três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz Eleitoral de Garantias do Núcleo I do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). A operação busca reunir novos indícios que reforcem as suspeitas de irregularidades.

De acordo com a PF, há indícios de que diversas transações financeiras ligadas à campanha foram realizadas de maneira ilegal, com o intuito de ocultar despesas que, se declaradas oficialmente, excederiam o limite de gastos eleitorais estabelecido pela legislação vigente. Ao todo, 17 pessoas já foram formalmente indiciadas no curso do inquérito.

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Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, a defesa do prefeito eleito, Alei Fernandes, e de seu vice, Acácio Ambrosini, afirmou que, em respeito ao Poder Judiciário Eleitoral e às normas processuais, manterá o sigilo sobre os detalhes do caso, conforme determina a Justiça.

Segundo os advogados, as acusações de uso de "laranjas" para dissimular recursos de caixa dois não passam de "especulações desprovidas de qualquer lastro probatório concreto", sobretudo no que diz respeito à participação direta dos candidatos eleitos.

A defesa também criticou a conduta das investigações, alegando que há "certo tempo os órgãos de apuração vêm sustentando essa narrativa sem apresentar elementos concretos que comprovem valores, meios ou finalidades dos recursos utilizados na campanha". Os representantes legais de Fernandes classificaram a condução das ações como "espalhafatosa" e prejudicial à administração municipal.

Acompanhe a nota na íntegra:

Em respeito ao Poder Judiciário Eleitoral e à legislação processual, a defesa técnica do Prefeito eleito Alei Fernandes e de seu Vice Acácio Ambrosini tem o dever de respeitar o sigilo que foi imposto ao caso.

De toda sorte, diante da manifestação da autoridade policial a respeito de uma cerebrina utilização de laranjas para pulverizar dinheiro alegadamente proveniente de caixa-dois, é necessário pontuar que isso tudo não passa de especulação sem qualquer lastro probatório concreto, especialmente que envolva a participação dos candidatos eleitos.

Há certo tempo que os órgãos de investigação vêm sustentando essa narrativa, sem apresentar elementos concretos de quanto, como e porque recursos ou gastos eleitorais foram empregados na campanha. Tudo isso de maneira espalhafatosa e em prejuízo à condução municipal.

É preciso dizer ainda que toda essa investigação decorre de uma busca de provas exploratória que possuía uma linha investigativa inventada por um PRF filiado ao partido do candidato derrotado Damiani.

É a própria Polícia Federal que afirma: o dinheiro apreendido com Nei Frâncio decorre de transações que remontam ao ano de 2019.

Portanto, tudo que se vê agora é uma vã tentativa de sustentar a natimorta Operação Rustius.

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