PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Os exames periciais realizados Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluíram que o disparo que causou a morte da adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, no dia 3 de maio, em Guarantã do Norte (MT), não foi acidental, mas sim um tiro voluntário, disparado mediante o acionamento do gatilho da arma. A perícia descartou falhas no armamento que poderiam caracterizar um disparo involuntário. Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, autor dos disparos, confirmou a versão apresentada durante a reprodução simulada da cena do crime.
De acordo com o laudo, a adolescente foi atingida na parte posterior da cabeça, e o projétil foi encontrado dentro do veículo Hyundai/Creta onde o crime ocorreu. O estojo do disparo, porém, não foi localizado. O trajeto da bala, segundo o laudo necroscópico, é compatível com as marcas encontradas no interior do carro.
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Além da necropsia e do laudo de local de crime, foi realizada uma reprodução simulada da cena, que reforçou a dinâmica dos fatos apresentada no inquérito policial. Durante a reprodução, Bruno confirmou as informações prestadas no interrogatório.
Apesar da confirmação de que o tiro foi voluntário, os peritos não conseguiram estabelecer se houve intenção deliberada de atingir a vítima, nem a motivação do crime. Esses aspectos seguem em investigação pelas autoridades responsáveis.
No total, foram solicitados dez laudos periciais para aprofundar a apuração, sendo que três deles já foram concluídos.
O crime ainda está sob investigação para esclarecimento completo dos fatos.
O crime
A adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi vítima de um disparo acidental na cabeça em Guarantã do Norte, no Mato Grosso, aa madrugada de 3 de maio. O principal suspeito é o namorado da vítima, um médico de 29 anos, que a socorreu após o suposto disparo acidental.
A equipe de enfermagem informou que Ketlhyn chegou ao pronto-socorro às 1h10, trazida pelo companheiro, visivelmente abalado, suplicando que “salvassem a menina dele” e afirmando que “não saberia viver sem ela”.
A equipe de médicos tentaram reanimar a adolescente por cerca de 40 minutos, mas ela não resistiu ao tiro que atingiu a cabeça. Ainda no hospital, ao receber a confirmação da morte, o namorado da vítima teve surtos de descontrole emocional e danificou uma janela e uma porta da unidade.
Uma equipe da Polícia Técnica (Politec) realizou a identificação oficial da vítima e os procedimentos de necropsia.
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