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Polícia Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 09:45 - A | A

28 de Maio de 2025, 09h:45 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO SISAMNES

Polícia Federal desmantela milícia privada ligada à morte do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá

Grupo conhecido como “Comando C4” é alvo da 7ª fase da Operação Sisamnes e operava com espionagem e assassinatos sob encomenda

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a 7ª fase da Operação Sisamnes para apurar os mandantes e executores do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT), e desarticular o “Comando C4” - sigla para Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos - com mandados cumpridos em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

A investigação sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, executado a tiros em dezembro de 2023 no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, levou a Polícia Federal à descoberta de um grupo criminoso com métodos dignos de uma milícia privada. Intitulada “Comando C4” - organização criminosa com estrutura paramilitar especializada em espionagem e homicídios sob encomenda.

Na manhã desta quarta, a PF deflagrou a operação, com ações simultâneas em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Segundo informações obtidas pelo portal G1, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), contra os principais suspeitos:

  • Aníbal Manoel Laurindo, produtor rural, apontado como mandante do crime;

  • Coronel Luiz Cacadini, suspeito de financiar o assassinato;

  • Antônio Gomes da Silva, suposto executor dos disparos;

  • Hedilerson Barbosa, intermediador do crime e dono da arma usada;

  • Gilberto Louzada da Silva, também investigado por participação na execução.

De acordo com os investigadores, o grupo mantinha tabelas com preços fixados para diferentes tipos de assassinato, conforme o perfil e a posição social das vítimas. A frieza e o nível de organização impressionaram os agentes envolvidos na operação.

Além das prisões, foram emitidos quatro mandados de monitoramento eletrônico, seis de busca e apreensão, além de medidas cautelares como recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato entre os envolvidos, retenção de passaportes e impedimento de saída do país.

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Motivação do crime

A motivação inicial do crime estaria ligada a uma disputa por terras no interior de Mato Grosso. No entanto, a apreensão do celular de Zampieri revelou novas pistas, incluindo indícios de um esquema de venda de decisões judiciais envolvendo magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e até do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Apesar de estar sob sigilo judicial, a operação pode ser apenas o início da exposição de uma rede mais ampla de crimes com possíveis conexões políticas e judiciais. A PF segue aprofundando as investigações para desmantelar por completo o “Comando C4” e identificar todas as ramificações do esquema.

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