PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Nesta terça-feira (27), o empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, conhecido como “Marlon Pezzin”, foi indiciado pela Polícia Civil de Mato Grosso após colidir propositalmente com seu veículo contra o deck do restaurante Haru, na Praça Popular, em Cuiabá, no último sábado (24). O ato resultou em sua responsabilização por tentativa de homicídio com dolo eventual, dano duplamente qualificado e omissão de socorro.
Na manhã de terça Marllon Pezzin se apresentou voluntariamente na Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) e prestou depoimento ao delegado Claudinei Lopes, responsável pelas investigações. Segundo o relato do investigado, a confusão teria começado dentro do restaurante, após um desentendimento com um cliente que teria esbarrado nele. Ainda de acordo com sua versão, ele foi agredido por outras pessoas e, em pânico, decidiu sair rapidamente do local com o carro, momento em que atingiu a estrutura externa do estabelecimento.
“Ele alegou que não provocou o início da confusão, que uma pessoa exaltada esbarrou nele, começou a briga ali e outras pessoas também agrediram ele, pessoas que ele nunca viu e não conhece. A gente já sabia que ele ia tentar argumentar uma legítima defesa, mas ali tem provas, vídeos e exames periciais que foram realizados no carro e no estabelecimento comercial danificado”,
Durante a tentativa de deixar o local, o empresário acabou atropelando a própria tia, que se encontrava atrás do veículo no momento da manobra. Ele alegou não ter percebido que a atingiu. A vítima sofreu uma luxação no pé e será submetida a exame de corpo de delito. Pezzin também passará por avaliação médica, pois afirmou ter sido agredido por populares com pedaços de madeira logo após o impacto contra o restaurante.
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A hipótese de que tiros teriam sido disparados contra o carro foi descartada após perícia, que não encontrou marcas ou projéteis de arma de fogo no veículo. Durante o interrogatório, o empresário admitiu ter consumido uma taça de champanhe antes de dirigir. Testemunhas ainda serão ouvidas para confirmar se houve embriaguez ao volante, o que pode agravar a sua situação penal.
"O motorista já foi indiciado por tentativa de homicídio com dolo eventual. Pouco antes de jogar o carro contra o deck, tinham várias pessoas lá, que saíram das mesas, senão poderia ter sido uma tragédia. Ele poderia ter lesionado, ou até matado, várias pessoas. Nessa manobra de dar ré, ele acabou atingindo a própria tia dele, que tinha saído para ver o que estava acontecendo. Ele alega que não viu, mas só de ter atingido essa tia já configura tentativa de homicídio, porque ela poderia ter morrido nesse atropelamento também", explicou o delegado.
Mesmo após o depoimento, Pezzin foi liberado. As investigações seguem em andamento para conclusão do inquérito policial.
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