Reprodução: Montagem/FTN Brasil

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O vereador Sargento Joelson (PSB) é suspeito de ter recebido R$ 250 mil em propina da empresa HB20 Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste em Cuiabá.
A acusação consta na decisão da juíza Edna Ederli Coutinho, que autorizou mandados de busca e apreensão cumpridos na manhã desta terça-feira (29), durante a Operação Perfídia, da Polícia Civil, que também teve como alvos o vereador Chico 2000 (PL), dois funcionários e um sócio da construtora.
Segundo a decisão judicial, os valores teriam sido pagos pela empresa HB20 Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste, em troca de apoio à aprovação de um projeto de lei n° 244/2023 que parcelava dívidas tributárias da Prefeitura de Cuiabá com a União, que liberou repasses federais que viabilizaram os pagamentos à empresa.
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Os R$ 250 mil de pagamento da propina foi realizado da seguinte forma: R$ 150 mil teria sido transferido via Pix a um intermediário, enquanto os outros R$ 100 mil foram pagos em espécie diretamente ao parlamentar.
“A dinâmica desse repasse, segundo os elementos iniciais, envolveria a atuação de João Jorge, funcionário da HB20, que teria operacionalizado R$ 150 mil em transferências via Pix para a conta bancária de José Márcio, apontado como interposto, além da entrega de numerário remanescente em espécie diretamente ao vereador Sargento Joelson”, descreve o documento.
A medida permitiu a retomada de repasses federais, o que resultou em um pagamento de R$ 4,85 milhões à empresa. “A empresa recebeu um pagamento expressivo de R$ 4.849.652,46, o maior valor recebido durante a execução do contrato. A referida coincidência temporal, analisada em conjunto com os demais elementos informativos, elevou o grau de suspeita sobre a natureza dos pagamentos realizados, indicando uma possível correlação entre a atuação dos agentes públicos e o benefício financeiro auferido pela empresa."
Além de Joelson, a operação teve como alvos o vereador Chico 2000 (PL), então presidente da Câmara de Cuiabá, dois funcionários da HB20 e um dos sócios da empresa. Conversas de WhatsApp entre Joelson e um funcionário da construtora reforçam os indícios de corrupção. A propina teria sido dividida entre outros parlamentares para garantir a aprovação do projeto.