PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Durante sessão ordinária nesta terça-feira (29), na Câmara Municipal de Várzea Grande, o vereador Bruno Rios (PL), formalizou um pedido ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) para abertura de processo administrativo com o objetivo de viabilizar uma intervenção judicial no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG).
Segundo o parlamentar, a autarquia enfrenta um colapso em sua gestão, com estrutura sucateada, ineficiência administrativa e falta de resposta institucional às demandas da população.
“Estou solicitando a abertura de um processo administrativo com fins de intervenção judicial no DAE. Por quê? Porque precisamos de água, simplesmente", afirmou o vereador.
Ele criticou as constantes trocas na gestão da autarquia, que, segundo ele, não têm resultado em melhorias concretas no fornecimento de água à população. “Trocam o gestor, mexem aqui, mexem ali, trazem gente velha [servidor de outra gestão]... e o que mais importa continua sem solução: água na torneira”, declarou o vereador.
Rios também relatou o agravamento da crise, com relatos de moradores que nunca enfrentaram problemas de abastecimento e hoje estão sem água. “Sabe o que mais me revolta? É ouvir: ‘Vereador, minha casa nunca faltou água e agora está faltando’. Locais que nunca tiveram problemas, hoje estão sem abastecimento", completou.
Ainda durante sua fala, o parlamentar sugeriu que o governador Mauro Mendes (União Brasil), por sua formação como engenheiro civil, lidere uma intervenção estadual semelhante àquela realizada na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. “Ele interveio, organizou e devolveu a pasta à Prefeitura. Que faça o mesmo por Várzea Grande, pela população. A situação não pode continuar como está”, concluiu.
Diante desse cenário, Rios não descartou a possibilidade de um decreto de calamidade pública em razão do que classificou como um verdadeiro “caos” instalado no DAE-VG.