PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Preso em flagrante pela Polícia Civil no último sábado (31) por posse de material pornográfico, o vereador bolsonarista Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa (PL), que também é medico, do município em Canarana (MT), já era investigado pelo Ministério Público desde 2023, acusado de receber salário como médico da rede municipal sem comparecer ao trabalho.
De acordo com o processo, o parlamentar foi investigado por supostamente receber salário como médico da Secretaria de Saúde de Canarana sem cumprir a carga horária exigida.
A investigação teve início após a Prefeitura encaminhar à Justiça folhas de ponto que demonstravam sucessivas faltas e atrasos do servidor. Apesar da conduta irregular, Thiago continuou recebendo salário integral, o que gerou prejuízo estimado em quase R$ 37 mil aos cofres públicos.
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Diante das evidências, o Ministério Público solicitou o bloqueio de R$ 137 mil do patrimônio do vereador e recomendou punições por improbidade administrativa.
As medidas propostas incluem a devolução do valor recebido indevidamente, pagamento de multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos, suspensão dos direitos políticos por cinco anos e proibição de firmar contratos com o poder público no mesmo período.
O caso segue em investigação.
PL afasta vereador preso; CRM abre sindicância
Após o escândalo envolvendo Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, nesta segunda-feira, o Partido Liberal (PL) determinou o afastamento do vereador.
Em nota oficial, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informou que instaurou uma sindicância para apurar a conduta do médico. Segundo o órgão, somente após a conclusão dessa investigação é que será avaliada a abertura, ou não, de um processo ético-profissional contra Thiago.
A Câmara Municipal informou que o vereador está afastado dos trabalhos legislativos e que aguarda o resultado da investigação para tomar qualquer decisão. A Casa de Leis também repudiou os crimes atribuídos ao parlamentar.
Veja também: Polícia Civil prende vereador suspeito de produzir e armazenar material de pornografia infantil em Canarana