ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Na sessão plenária desta quinta-feira (4), o vereador Eleus Amorim (Cidadania), apresentou um requerimento para abrir um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar contra a vereadora Edna Sampaio (PT). No pedido, o vereador cita que o Ministério Público Estadual (MPE) está em posse de documentos que ligam Edna no esquema conhecido como "rachadinha". Foram protocoladas três representações contra a parlamentar e entregues ao presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL).
De acordo com o parlamentar serão encaminhados os pedidos para análise da Procuradoria da Casa de Leis, que deverá se posicionar sobre a legalidade e constitucionalidade da representação. “Vamos receber essa documentação na presidência, e faremos o encaminhamento para a Procuradoria, para que ela fale a respeito da legalidade do pedido, e a partir daí encaminharemos para Comissão de Ética, para que esta apure as denúncias”, explicou o presidente.
Para o vereador Eleus, sua colega de parlamento infringiu a lei, seu ato foi completamente imoral dentro da Casa de Lei. "A vereadora representada atentou contra o decoro parlamentar, com a prática de ato ilegal e imoral de 'rachadinha' dentro desta Casa de Leis, cuja prática deve ser punida com a perda do cargo de vereadora", escreveu no requerimento.
Rachadinha na Câmara de Cuiabá com Verba Indenizatória
Na denúncia realizada pelo Site, foi apontado comprovantes bancários, além de áudios e conversas de WhatsApp, onde mostravam o montante que teria sido repassado gradualmente à parlamentar pela sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu - que foi exonerada. Conforme a denúncia do site, o dinheiro pertenceria a sua ex-chefe de Gabinete, Laura Natasha Oliveira Abreu, como parte da verba indenizatória.
Comprovantes bancários contidos na reportagem, além de áudios e conversas de WhatsApp, mostram que esse montante foi repassado gradualmente à parlamentar por Laura - exonerada em fevereiro deste ano, mesmo estando grávida - entre setembro e dezembro do ano passado. A reportagem mostrou conversas de WhatsApp nas quais o marido de Edna e ex-presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio, cobrava Laura sobre a devolução da VI recebida por ela.
De acordo com as conversas arroladas na matéria, Laura sempre sinalizava positivamente e confirmava a transferência da verba recebida para a conta da vereadora, enviando o comprovante do depósito ao marido de Edna.
"A vereadora representada atentou contra o decoro parlamentar, com a prática de ato ilegal e imoral de 'rachadinha' dentro desta Casa de Leis, cuja prática deve ser punida com a perda do cargo de vereadora", escreveu Eleus no requerimento.
Até o final da tarde de quarta-feira (3), o Ministério Público Estadual não havia recebido a denúncia contra a parlamentar.