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Política e Judiciário Sexta-feira, 05 de Maio de 2023, 10:05 - A | A

05 de Maio de 2023, 10h:05 A- A+

Política e Judiciário / QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR

Vereador apresenta pedido de cassação contra Edna Sampaio por suposta “rachadinha”

As três representações protocoladas foram entregues ao presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL) e serão entregues a Procuradoria Geral para serem analisadas

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Na sessão plenária desta quinta-feira (4), o vereador Eleus Amorim (Cidadania), apresentou um requerimento para abrir um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar contra a vereadora Edna Sampaio (PT). No pedido, o vereador cita que o Ministério Público Estadual (MPE) está em posse de documentos que ligam Edna no esquema conhecido como "rachadinha". Foram protocoladas três representações contra a parlamentar e entregues ao presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL).

De acordo com o parlamentar serão encaminhados os pedidos para análise da Procuradoria da Casa de Leis, que deverá se posicionar sobre a legalidade e constitucionalidade da representação. “Vamos receber essa documentação na presidência, e faremos o encaminhamento para a Procuradoria, para que ela fale a respeito da legalidade do pedido, e a partir daí encaminharemos para Comissão de Ética, para que esta apure as denúncias”, explicou o presidente.

Para o vereador Eleus, sua colega de parlamento infringiu a lei, seu ato foi completamente imoral dentro da Casa de Lei. "A vereadora representada atentou contra o decoro parlamentar, com a prática de ato ilegal e imoral de 'rachadinha' dentro desta Casa de Leis, cuja prática deve ser punida com a perda do cargo de vereadora", escreveu no requerimento.

Rachadinha na Câmara de Cuiabá com Verba Indenizatória

Na denúncia realizada pelo Site, foi apontado comprovantes bancários, além de áudios e conversas de WhatsApp, onde mostravam o montante que teria sido repassado gradualmente à parlamentar pela sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu - que foi exonerada. Conforme a denúncia do site, o dinheiro pertenceria a sua ex-chefe de Gabinete, Laura Natasha Oliveira Abreu, como parte da verba indenizatória.

Comprovantes bancários contidos na reportagem, além de áudios e conversas de WhatsApp, mostram que esse montante foi repassado gradualmente à parlamentar por Laura - exonerada em fevereiro deste ano, mesmo estando grávida - entre setembro e dezembro do ano passado. A reportagem mostrou conversas de WhatsApp nas quais o marido de Edna e ex-presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio, cobrava Laura sobre a devolução da VI recebida por ela.

De acordo com as conversas arroladas na matéria, Laura sempre sinalizava positivamente e confirmava a transferência da verba recebida para a conta da vereadora, enviando o comprovante do depósito ao marido de Edna.         

"A vereadora representada atentou contra o decoro parlamentar, com a prática de ato ilegal e imoral de 'rachadinha' dentro desta Casa de Leis, cuja prática deve ser punida com a perda do cargo de vereadora", escreveu Eleus no requerimento.

Até o final da tarde de quarta-feira (3), o Ministério Público Estadual não havia recebido a denúncia contra a parlamentar. 

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