ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A vereadora por Cuiabá Maysa Leão (Republicanos), criticou a postura do prefeito Abilio Brunini (PL), em concordar com o aumento do valor da água e esgoto na capital mato-grossense ainda neste ano. Para a parlamentar, 'ainda não é o momento da população continuar pagando tão caro'.
"Em algum momento de 2025, esse reajuste vai acontecer por conta da regulamentação. Mas, enquanto couber ao prefeito, à essa Casa retardar esse momento nós faremos isso", afirmou a parlamentar.
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O aumento da tarifa fez com que o prefeito de Cuiabá, cumprisse uma promessa de campanha e enviasse à Câmara um projeto de lei que prevê a extinção da Arsec. "Não cabe a ele [Abilio barrar este aumento]. Não é o momento da população pagar mais caro... Mas enquanto couber o prefeito e a esta Casa, vamos retardar e faremos isso", comentou.
Outro lado
O gestor municipal explicou que a majoração está amparado pelo contrato de concessão estabelecido com a Águas Cuiabá. Com a mudança, que passou a valer a partir desta quinta-feira (20), residências comuns serão tarifadas em R$ 4,91 para cada 10 metros cúbicos consumidos.
“O contrato da Águas Cuiabá com o município de Cuiabá deixou claro que se passasse pelo conselho a aprovação, não cabia mais a minha aprovação ou não aprovação. Então eu fiz tudo que eu podia para que o conselho da Arsec não aprovasse, mas, infelizmente, fizeram de forma que eu discordo e aprovaram via conselho. Então não resta nem judicializar”, disse o prefeito na última terça-feira (18).
O prefeito reafirmou a extinção e disse que criará um novo órgão regulador específico para as questões de água e esgoto. No modelo atual, a Arsec também delibera sobre os serviços de transporte público, coleta de lixo e iluminação pública. “Para não haver mais a influência de outras empresas, uma tentando ajudar a aprovar aumento para outra. Nós vamos separar essas funções e reordenar. Isso não vai acontecer de novo”, garantiu durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20).
Para o prefeito, a Arsec deve regularizar esse percentual. “Só que então está tendo pagamento do esgoto sobre o 52% de água que é perdida e não vai para rede de esgoto para ser tratada [...] É um absurdo, além de ser só 36% [da cidade] que tem esgoto tratado”, disparou. “Infelizmente a Arsec, que tem o dever de regular esses números, não fez o seu papel”, completou.
- Tiago Vieira de Souza Dorileo
- Michelle Regina de Paula Zangarini
- Família Zangarini