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Política e Judiciário Sexta-feira, 12 de Julho de 2024, 14:00 - A | A

12 de Julho de 2024, 14h:00 A- A+

Política e Judiciário / LINHA DE CRÉDITO

Empresários assinam contratação de crédito do BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul

Linhas de crédito com juros baixos e carência de até dois anos têm valor total de R$ 15 bilhões para empresas em áreas atingidas pelas enchentes

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Empresários gaúchos de diferentes setores, como farmacêutico, de bebidas, informática e agronegócio, assinaram na quinta-feira (11), acordos de crédito via Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal a partir da linha BNDES Emergencial, estruturada em parceria com o Governo Federal e que começou a operar na quarta-feira (10). As assinaturas foram feitas ao lado do ministro para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.

"Temos 800 impressoras, mais ou menos R$ 4 milhões em impressoras, sem condições de uso. Estamos buscando ajuda com os fabricantes para ver o que ainda pode ser feito. Temos 45 colaboradores diretos e técnicos. Muitas famílias dependem da empresa, e vamos sair dessa, com certeza", disse Jaime Abudi, que atua como representante de grandes marcas do setor de impressora e assinou a linha de crédito.

De acordo com ele, centenas de equipamentos enferrujaram da noite para o dia com as enchentes. “Em 35 anos de empresa, eu nunca tinha visto algo igual. A água subiu a 1,40m de altura nas nossas instalações”, afirmou. 

Somente no primeiro dia de oferta da linha de crédito, foram realizados 781 contratos, totalizando R$ 1,5 bilhão. O valor total separado para o Rio Grande do Sul é de R$ 15 bilhões. O produto é voltado para negócios em áreas efetivamente atingidas pelos eventos climáticos extremos.

Sócia da Uniagro, Isabel Pretto de Marchi também participou da assinatura. A empresa dela atua no ramo de importação e compra de produtos alimentícios para embalar e vender. Trabalha com azeite, azeitonas, frutas secas e molho de tomate.

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“Até conseguimos tirar três carretas de mercadoria da sede antes da enchente maior, mas a água atingiu equipamentos, componentes eletrônicos e máquinas de envase. Fomos adquirindo componentes e nos antecipando para a volta ao trabalho. Estamos retomando as operações, mesmo que elas ainda não estejam 100%”, ressaltou Isabel.

O ministro Paulo Pimenta reforçou, durante o encontro, que o foco do Governo Federal é criar condições para a recuperação de empresas e a manutenção de empregos e salários. Esse conjunto de conceitos, aliás, é o que pauta a linha do BNDES Emergencial. A linha Máquinas e Equipamentos tem taxa de juros de até 0,6% ao mês, prazo de pagamento de até cinco anos (com até um ano de carência) e valor máximo de crédito por cliente de até R$ 300 milhões.

Na linha Investimento e Reconstrução, a taxa de juros é de até 0,6% ao mês, com prazo de pagamento até 10 anos (com até dois anos de carência) e valor máximo de crédito de R$ 300 milhões. E, na linha Capital de Giro, a taxa é de até 0,9% ao mês, o prazo de pagamento de até 5 anos (com até 1 ano de carência) e o valor máximo de crédito de até R$ 400 milhões.

As instituições financeiras parceiras do BNDES podem fazer as contratações com pessoas jurídicas de direito privado de todos os portes (inclusive cooperativas), produtores rurais, transportadores autônomos de carga e empresários individuais do Rio Grande do Sul. "Estamos na luta", resumiu Rafael Rodriguez, sócio-fundador da cervejaria Alcapone, outro empresário que optou pela linha de crédito nesta quinta.

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