PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na manhã desta quinta-feira (24), em entrevista à CNN, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou com veemência a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante da crise gerada pelo anúncio de tarifas às importações brasileiras feitas pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Caiado apontou uma falta de comprometimento do governo federal em um momento decisivo para a economia do país.
"Não dá mais para nós suportarmos esse tipo de falta de comprometimento de um presidente diante de uma crise tão séria como esta", declarou Caiado, ao defender uma articulação entre os governadores.
Ele afirmou ter solicitado ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que convoque uma reunião com os líderes estaduais, alegando que "mais da metade dos governadores" não concorda com a condução do governo federal frente ao problema.
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De acordo com o governador, a crise gerada pela medida americana tem potencial para afetar seriamente a governabilidade nos estados e municípios. "O que estamos tratando neste momento é uma crise de proporções que nós sabemos o que ela pode atingir, levando como consequência comprometimento na governabilidade dos estados e das prefeituras", alertou.
Caiado contou que, assim que soube das novas tarifas, interrompeu uma missão oficial no Japão para retornar ao Brasil e reunir-se com secretários e representantes do setor empresarial goiano. O objetivo foi buscar alternativas para mitigar os impactos da taxação sobre a economia local.
"Tão logo soube da notícia, antecipei meu retorno de uma missão oficial que fazia no Japão e imediatamente me preocupei em me reunir com todos meus secretários de governo todos os empresários de todas as categorias para que nós pudéssemos também achar alternativas para minimizar essa crise que pode vir", acrescentou.
Como resposta imediata, o governo de Goiás lançou uma linha de crédito emergencial, com juros abaixo dos praticados pelo mercado, para apoiar empresas afetadas pelas novas barreiras comerciais. A medida, segundo Caiado, busca proteger empregos e manter a competitividade da produção estadual.
