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Política e Eleições Terça-feira, 21 de Maio de 2024, 13:29 - A | A

21 de Maio de 2024, 13h:29 A- A+

Política e Eleições / ABASTECIMENTO

Governo zerou imposto de arroz de fora do Mercosul devido a especulação, declara ministro

Brasil suspendeu leilão de compra após constatar que o bloco tinha reajustado os preços do cereal em até 30%; "se for querer especular, nós buscamos de outro lugar", declara ministro Fávaro

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Nesta segunda-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, declarou ao portal G1 que o governo federal deixou claro ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) que o Brasil buscará arroz “em outro lugar” se houver “especulação” no preço por parte do bloco. A declaração ocorreu após o Planalto anunciar que vai zerar o imposto de importação de alguns tipos de arroz.

A especulação por parte do sócios do Mercosul motivou a decisão do governo de zerar o imposto de importação do arroz para países de fora do Mercosul, explicou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar”, disse em entrevista ao G1.

Segundo o ministro da pasta, o Brasil ia comprar 100 mil toneladas dos vizinhos mas, pelos preços que estavam anunciando, a compra foi reduzida para 70 mil. Foi constatado que o bloco tinha reajustado os preços do cereal em até 30%. “Certamente, eles vão voltar para a realidade porque não é justo”, disse o ministro.

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Fávaro contou que, após saber da especulação de preços no Mercosul, fez uma reunião de emergência, na última quinta-feira (16), com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

“A decisão foi do presidente”, disse Fávaro, ao se referir à suspensão do leilão de compra na Conab e à isenção do imposto de importação do arroz.

A intenção do ministério era comprar o cereal dos vizinhos, pois ajudaria a manter os preços estáveis e garantir o abastecimento do mercado interno após a tragédia no Rio Grande do Sul. A diversificação das origens de importação também é importante para garantir a segurança alimentar e evitar dependência de um único fornecedor.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, 70% da produção de arroz do país é proveniente do território gaúcho. Com as taxas de importação zeradas, todos os países competem com maior igualdade com o Mercosul, uma zona de livre comércio.

Atualmente, a maior parte das importações de arroz no Brasil são intrabloco do Mercosul, nas quais a alíquota do tipo II que já é de 0%, mas há potencial para importação de outras origens, como a Tailândia. Em 2024, até abril, as compras de arroz da Tailândia já representam 18,2% do total importado.

A importação de arroz da Tailândia, mesmo representando uma parcela significativa das compras totais, pode ser uma alternativa viável para complementar a produção nacional e garantir o abastecimento do mercado.

É importante que o governo continue monitorando o mercado de arroz e tomando medidas para evitar possíveis aumentos abusivos de preços e garantir o acesso a alimentos de qualidade para a população. 

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