PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A 4ª Reunião da Mesa Específica e Temporária que debate a reestruturação da carreira dos técnico-administrativos e professores foi realizada nesta última sexta-feira (19), na sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em Brasília (DF) e novamente não trouxe nenhuma proposta satisfatória às reivindicações do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Os professores e técnicos administrativos educacionais (TAEs) de instituições federais de ensino superior devem decidir na próxima semana se retornam ou não às atividades. Até lá, seguem as paralisações.
Com isso, a expectativa do sindicato é de que as bases rechacem a proposta em suas assembleias locais e tragam à próxima Plenária Nacional do Sinasefe a posição de que a greve 2024 continuará até que conquistas efetivas sejam oferecidas para os contracheques dos servidores.
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Uma das principais pautas da greve da educação é a reestruturação das carreiras do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), além da recomposição salarial das perdas financeiras dos governos Temer e Bolsonaro.
Desde 3 de abril o sindicato está em greve nacional. São 51 universidades e 79 institutos federais (IFs) paralisados. Nos IFs, pelo menos 470 dos 587 campus estão sem aulas desde o início de abril, e as paralisações chegaram no 17º dia.
Os trabalhadores reivindicam uma série de melhorias nas condições de trabalho:
- Reajuste salarial ;
- Recomposição do orçamento das instituições;
- Reestruturação da carreira ;
- Exoneração de interventores.
Proposta do governo
Na síntese da proposta para o PCCTAE, o Governo Federal apresentou:
- Verticalização, com unificação em matriz única com 19 padrões;
- Diminuição do interstício de 18 meses para 12 meses;
- Tempo decorrido até o topo das carreiras de 18 anos;
- Correção entre níveis: A 35%, B 40%, C 50%, D 60% e E 100%;
- Proposta de reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026. Ou seja, o mantiveram o congelamento salarial para 2024.
- Também foram apresentados os reajuste: do auxílio-alimentação, de R$ 658 reais para R$ 1.000 mil;
- O auxílio-saúde per capita, de R$ 144,38 reais para cerca de R$ 215 reais; d
- O auxílio-creche, de R$ 321 reaia para R$ 484,90 reais.
A sindicalização nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) classificou que a proposta avança com “timidez” sobre os questionamentos das categorias.
A Sinasefe avalia que setores regionais devem recusar a sugestão do governo e manter a greve.