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Política e Eleições Quinta-feira, 15 de Agosto de 2024, 16:40 - A | A

15 de Agosto de 2024, 16h:40 A- A+

Política e Eleições / RESGATAR A DEMOCRACIA

Deputados Federais de Mato Grosso se unem e assinam pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes

Também foi convocado juiz e jornalistas para investigar suposto conluio em relatórios do TSE

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Cinco dos oito deputados federais de Mato Grosso assinaram o pedido de abertura de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (15). O grupo é composto por Abilio Brunini (PL), Coronel Assis (União), José Medeiros (PL), Nelson Barbudo (PL) e Juliana Kolankiewicz (MDB). Além de senadores e deputados federais anunciaram que irão protocolar um pedido de impeachment coletivo contra o ministro do STF no dia 9 de setembro. Eles já começaram a recolher assinaturas para o documento. 

José Medeiros, que é um dos líderes da oposição na Câmara Federal, também solicitou a convocação de Fabio Serapião e Glenn Greenwald devido à informação de que os dois jornalistas possuem seis gigabytes de conversas trocadas entre assessores de Moraes de ambos os tribunais, na época em que o ministro acumulava os cargos no STF e no TSE.


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“Vamos pedir ao presidente do Senado que abra esse processo de impeachment para investigarmos tudo o que vem acontecendo no Brasil desde 2022. A pressão popular será fundamental para resgatarmos a democracia do nosso país”, conclui José Medeiros.

O pedido ocorre após a Folha de S.Paulo divulgar trocas de mensagens, na maioria entre o juiz instrutor, assessor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, e Eduardo Tagliaferro, perito criminal que, na época, chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE. Nos áudios aos quais a imprensa teve acesso, os dois conversavam sobre uma imposição, de forma não oficial, de produção de relatórios pela Justiça Eleitoral.


“A convocação dos citados no requerimento visa apurar esse escândalo, que afeta a Justiça e a democracia no Brasil. Os diálogos mostram que, na época, o presidente do TSE, órgão de maior autoridade nas eleições, teria mandado assessores usarem a máquina pública para perseguir apoiadores de Bolsonaro. Ainda tem gente dizendo que nada grave aconteceu. Precisamos investigar a fundo. Se esse escândalo passar em branco, todo o nosso Judiciário será manchado, e isso não é justo com os outros magistrados”, afirma Medeiros. Ele também mencionou o processo eleitoral de 2022. “Tivemos uma eleição em que a balança estava pendida, disso ninguém tem mais dúvidas.”

Após aprovação do requerimento na CCJ, os depoimentos serão oficialmente agendados.

 

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