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Polícia Sábado, 31 de Maio de 2025, 09:21 - A | A

31 de Maio de 2025, 09h:21 A- A+

Polícia / SEM INDÍCIOS DE TORTURA

Politec nega tortura em feminicídio de Gabrieli Souza e aponta apenas ferimentos por tiros

Estudante foi assassinada pelo marido, um policial militar, em casa; mãe da vítima contesta versão oficial e afirma que havia sinais de espancamento

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) descartou oficialmente que Gabrieli Daniel de Souza, de 31 anos, tenha sido torturada ou esfaqueada antes de ser morta a tiros pelo próprio marido, o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos. O crime ocorreu no último domingo (25), dentro da residência do casal, no bairro Praeirinho, em Cuiabá, na presença dos dois filhos pequenos, de três e cinco anos. 

Conforme divulgado pelo portal FTN Brasil, um áudio atribuído a Noemi Daniel, mãe da vítima, relatava que a filha havia sido brutalmente torturada antes de ser assassinada. No entanto, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) negou a informação, afirmando que não há indícios de tortura ou uso de arma branca no crime.

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Segundo o laudo preliminar de necropsia, Gabrieli foi atingida por três disparos de arma de fogo, sendo essas as únicas lesões identificadas no corpo. A Politec esclareceu ainda que os cortes visíveis em partes do cadáver são resultado das incisões técnicas realizadas durante o exame necroscópico para análise da trajetória dos projéteis.

Apesar da versão pericial, o caso ganhou grande repercussão após a divulgação de um áudio em que a mãe da vítima afirma que a filha apresentava sinais de espancamento e corte. "Quando abrimos o caixão e vimos o corpo dela... A cabeça estava toda quebrada, os braços cortados. Minha filha chegou deformada. Ainda cortou o cabelo dela. Eu não reconheci a minha filha", relatou, emocionada.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação, reforçou que a expressiva quantidade de sangue no local pode ser atribuída exclusivamente aos ferimentos causados pelos disparos.

Conforme explicou o delegado Edson Pick, um dos projéteis atravessou o corpo da vítima, enquanto outro atingiu a lateral da cabeça, possivelmente fraturando a mandíbula.

O crime

De acordo com informações das testemunhas, ao menos três disparos ecoaram pela rua e vizinhos ouviram gritos de socorro vindos da residência. Ainda segundo relatos, o suspeito teria pedido a uma vizinha para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) antes de deixar a casa. Quando a equipe médica chegou, constatou o óbito de Gabrielle.

Após cometer o crime, o policial fugiu com os filhos até a casa do pai, onde deixou as crianças, a arma do crime, o veículo e o celular. Ele se apresentou à polícia apenas na madrugada desta segunda-feira (26), acompanhado de um advogado, e foi autuado em flagrante. Ricker segue preso enquanto a Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo definitivo.

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