PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Nesta quinta-feira (5), o réu Geovane Tenorio Lisboa foi condenado a 30 anos de reclusão pelo Tribunal do Júri de Barra do Bugres, Mato Grosso, pelo assassinato de sua companheira, Francielle Oliveira dos Santos, em março de 2023. O réu foi condenado por homicídio qualificado com quatro agravantes: motivo fútil, uso de meio cruel (asfixia), recurso que dificultou a defesa da vítima, e feminicídio.
A promotoria, representada por Aldo Kawamura Almeida, sustentou a tese do Ministério Público de que o crime foi motivado por ciúmes infundados de infidelidade, e que o réu agiu com ódio, desmentindo a ideia de um crime passional movido por amor.
O crime, presenciado pelo filho do casal, de sete anos, chocou pela brutalidade, já que, após asfixiar Francielle, Geovane ainda desferiu golpes de faca que resultaram na morte da vítima. A sentença, proferida com base nas qualificadoras reconhecidas pelo Conselho de Sentença, impõe que o réu cumpra sua pena em regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade.
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Durante o julgamento, o promotor usou uma citação do promotor Roberto Lyra, do Ministério Público do Rio de Janeiro, para enfatizar que crimes como esse não são atos de amor, mas de ódio. A citação destacou que o verdadeiro amor é criador e protetor, não destrutivo, e que o amor nunca leva ao banco dos réus, reforçando a tese de que o crime não pode ser justificado como uma ação impulsionada por paixão.