PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Em uma ação realizada em junho em aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul, foram apreendidos 750 litros de agrotóxicos vencidos e aplicadas multas que somam mais de R$ 1 milhão. A fiscalização foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) após a morte de uma mulher indígena grávida na aldeia Jaguapiru. Rodoviária Federal (PRF). A ação de fiscalização durou quatro dias e ocorreu nas terras indígenas Jaguapiru, Panambizinho e Guyraroká, localizadas nos municípios de Dourados e Caarapó. As informações foram divulgadas pelo MPF nesta segunda-feira (1°).
Participaram da operação o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro/MS), com o apoio da Polícia
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Segundo o MPF, a ação de fiscalização ocorreu após a morte de uma indígena e o mal-estar de membros da sua família, causado pela aplicação de veneno em uma propriedade vizinha à aldeia por um proprietário rural. A mulher foi hospitalizada em março deste ano e morreu cerca de 24 horas depois.
No pedido feito as entidades, foi destacado que a fiscalização é necessária diante ao uso de produtos tóxicos no plantio de lavouras comerciais nas terras indígenas, como a soja e milho, com impacto a saúde das comunidades.
Em nota, o MPF informou que há registros que os produtos agrícolas usados são comprados sem receitas agronômicas ou por meio de contrabando do Paraguai. No segundo semestre, o trabalho será repetido, informou o Ministério Público Federal, “para monitorar o cumprimento das notificações emitidas em razão das irregularidades constatadas”.