REUTERS/Sarah Meyssonnier/Pool
JOSEPH ATAMAN, JULEN CHAVIN
DA CNN
O presidente francês, Emmanuel Macron, diz que está pronto para reconhecer um Estado palestino – mas apenas após reformas na Autoridade Palestina.
Macron falou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em um apelo nesta quarta-feira (29) e ofereceu a “perspectiva de reconhecimento” se a Autoridade Palestina “implementar as reformas necessárias”, de acordo com o Palácio do Eliseu.
Macron também destacou a Abbas o compromisso da França em construir uma “visão comum” e “garantias de segurança” para palestinos e israelenses.
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Os comentários do líder francês vêm depois que a Irlanda, a Noruega e a Espanha reconheceram formalmente um Estado palestino.
Macron também falou sobre o reconhecimento na terça-feira (28), dizendo que “não há tabu para a França”, e que ele estava “totalmente pronto para reconhecer um Estado palestino.”
“Considero que esse reconhecimento deve vir em um momento útil, num momento em que faz parte de um processo em que os Estados da região e Israel estão envolvidos e que permite, com base em uma reforma da Autoridade Palestina, produzir um resultado útil. Eu não vou fazer um reconhecimento emocional”, disse Macron na terça-feira (28).
A Autoridade Palestina, que é dominada pelo partido político Fatah, manteve o controle administrativo sobre Gaza até 2007, depois que o Hamas ganhou as eleições legislativas de 2006 nos territórios ocupados e o expulsou da faixa. Desde então, o Hamas tem governado Gaza, e a AP governa partes da Cisjordânia ocupada por Israel.
A AP foi criada em meados da década de 1990 como um governo interino pendente da independência palestina depois que a Organização de Libertação da Palestina assinou os Acordos de Oslo com Israel. Tem sede na cidade ocupada da Cisjordânia de Ramallah e exerce autogoverno nominal em partes do território. Mas a AP é muito impopular entre os palestinos, que a veem como incapaz de fornecer segurança diante das incursões israelenses regulares na Cisjordânia.
Israel rejeitou a perspectiva do retorno da AP a Gaza após a guerra e rejeitou a ideia de estabelecer um Estado palestino nos territórios. Os EUA, no entanto, favorecem que uma AP reformada esteja no controle tanto da Cisjordânia quanto de Gaza como parte de um futuro Estado independente.