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07 de Setembro de 2024, 09h:41 A- A+

Geral / APURAÇÕES CONTINUAM

VoePass: o que falta esclarecer sobre queda de avião com 62 mortes

Relatório do Cenipa apresentou dinâmica da queda, mas investigação continua para entender pontos específicos e motivo dos fatos

DEIVID SOUZA, GIOVANNA ESTRELA
DO METRÓPOLES

A queda do avião da VoePass em Vinhedo (SP) no dia 9 de agosto deste ano teve as primeiras questões respondidas nesta sexta-feira (6/9). Os esclarecimentos vieram do relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

As apurações continuam para buscar respostas para o motivo de tomada de ações e real condição de equipamentos durante o voo. Os investigadores querem entender, por exemplo, se o sistema de degelo funcionou. A aeronave estava com as manutenções em dia e decolou com todos os sistemas obrigatórios para navegação, afirmou o Cenipa.

Apesar disto, durante a decolagem, houve um comentário, apurado na gravação de voz, no qual os pilotos falavam sobre o não funcionamento de um dos sistemas antigelo da aeronave. Além disto, um dos pilotos comentou a presença de “bastante gelo”.

Como as informações são de que a aeronave decolou em condições para o voo, mas houve o comentário de um suposto mau-funcionamento do sistema antigelo, os investigadores vão tentar responder se o dispositivo funcionou quando acionado. O sistema de registro de dados de voo, recuperado em uma das caixas-pretas, não indicava falha do dispositivo.

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O sistema antigelo foi ligado três vezes e desligado duas vezes durante o voo. Não é possível saber ainda, conforme o relatório do Cenipa, por qual motivo os pilotos tomaram tal atitude.

“Existiam diversos computadores que estavam preservados, apesar, é importante lembrar que isto é fruto de um acidente aeronáutico, material retorcido. É um material de futura análise (os computadores) que poderá ou não, estando disponível, aprofundar a nossa investigação se estes sistemas estavam ou não efetivamente funcionando no voo que levou ao acidente”, afirmou o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar, Marcelo Moreno.

Os investigadores também querem entender qual a “consciência situacional” dos pilotos. Ou seja, querem compreender se os pilotos tinham o real conhecimento do que estava acontecendo durante o voo. Para isto, serão cruzadas informações de comunicação, dados de saúde, avaliações de psicólogos sobre as falas e dados de voo.

Detalhes importantes

A tripulação não reportou emergência nas comunicações. O porque deste fato é um dos detalhes importantes a serem esclarecidos.

Não faz sentido para a investigação, até o momento, como uma aeronave com documentação válida e manutenção em dia, pilotada por equipe treinada para condições às quais enfrentou, acabou por cair.

O avião modelo ATR-72, da Voepass, partiu, em 9 de agosto, de Cascavel (PR), às 11h46, e tinha como destino o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para pouso às 13h40. No entanto, perdeu sustentação em voo e colidiu com o solo às 13h22, em Vinhedo (SP).

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