PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na próxima segunda-feira (20), uma assembleia geral, formada por profissionais da educação do estado de Mato Grosso, irá encaminhar ações mais efetiva pela recomposição dos salários e pelo fim do confisco das aposentadorias de pensões. A ação está sendo encabeçada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) com objetivo de colocar um fim ao ciclo de empobrecimento dos profissionais da educação promovido pelo governo Mauro Mendes.
De acordo com o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, há uma total falta de respeito do governo com os servidores e suas representações. "O governo age à revelia daquilo que são bases democráticas e ignora as negociações e reivindicações, agindo por conta própria nas pautas da categoria e da Educação Pública".
Há quatro anos, a política imposta pelo governo do estado tem comprometido a carreira da educação de Mato Grosso, assim como dificultado a qualidade de vida dos trabalhadores ativos e, principalmente, dos aposentados e pensionistas, que perdem 14% com o confisco implementado pelo governo estadual.
Situações como essa é alarmante, ver que a precarização do trabalho na área da educação está se agravando, com a maioria dos profissionais trabalhando em condições incertas. A situação financeira dos trabalhadores reflete uma realidade preocupante, especialmente diante do aumento dos custos de vida - água, aluguel, energia - e os salários sendo corrigidos apenas por meio de gratificação.
A demanda por concursos públicos é outra medida imposta pela categoria que irá garantir a estabilidade e qualidade no ensino, além de proporcionar condições dignas de trabalho para os profissionais.
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Para o dirigente estadual e estudioso do Financiamento da Educação, professor Henrique Lopes, os recursos do Fundeb são para manutenção e desenvolvimento do ensino e valorização profissional.
“O governo de Mato Grosso não está garantindo a aplicação correta dos recursos que deveriam ser direito da categoria como valorização do profissional dentro do mês trabalhado. Ao invés disso inventou a política de gratificação, usando os recursos para premiar parte dos profissionais, lá no final do ano”, destaca Henrique Lopes.