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Geral / CATÁSTROFE CLIMÁTICA

Guaíba pode levar 12 dias para ficar abaixo da cota de inundação, indicam Previsões do Serviço Geológico do Brasil

Todos os rios que estão drenando para Porto Alegre estão com tendência de diminuição, e isso faz com que o Guaíba continue nessa recessão

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, pode levar, no mínimo, 12 dias para ficar abaixo da cota de inundação, de 3 m, conforme apontam projeções divulgadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), na quarta-feira (22). De acordo com as análises, o Guaíba está em ritmo de recessão lenta e pode ainda ter pequenas elevações nos próximos dias.

Todos os rios que estão drenando para Porto Alegre estão com tendência de diminuição, e isso faz com que o Guaíba continue nessa recessão. No entanto, com os novos eventos de chuvas que já estão ocorrendo, pode haver repique, cuja intensidade dependerá do volume dessas chuvas, afirma o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos.

O pesquisador pontuou que esses repiques são historicamente observados no Guaíba após ocorrências de inundações, o que pode atrasar o retorno à normalidade.

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Ainda segundo Matos, em todas as outras estações monitoradas por meio do Sistema de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai, o nível está reduzindo. Os dados, em tempo real, podem ser acompanhados na plataforma SACE .

As previsões para o Guaíba, realizadas com base na modelagem elaborada pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e os dados dos Sistema de Alerta Hidrológico foram apresentadas durante a 5ª Reunião da Sala de Crise da Região Sul , promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Lagoa dos Patos

O volume de águas que passa pelo Guaíba deságua na Lagoa dos Patos, na região sul do estado. No município de São Lourenço do Sul, a estimativa é que o pico da cheia tenha ocorrido entre os dias 17 e 19 de maio, mas começou o processo de diminuição.

As previsões apresentadas pelo SGB, com base em modelos da Universidade Federal do Rio Grande, indicam que o nível das águas começou a baixar, mas deve voltar a subir a partir do dia 25.

Os níveis da lagoa são afetados pelas chuvas que ocorrem nas bacias hidrográficas e pelo volume de rios e outros cursos d' água que deságuam na lagoa, como é o caso do Guaíba, Camaquã e Canal São Gonçalo. O comportamento dos níveis oscila também pela variabilidade da intensidade e direção dos ventos, bem como a influências das marés, explica a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano.

Novo aplicativo indica áreas de risco com ajuda de cidadãos

O Serviço Geológico do Brasil lançou o aplicativo Prevenção SGB, que permite aos cidadãos obter informações sobre áreas de risco em mais de 1,7 mil municípios mapeados. De forma simplificada, é possível identificar os locais onde existe a probabilidade de ocorrer desastres, como inundações, enxurradas, deslizamentos de terra e quedas de blocos.

Além disso, o app é colaborativo: as pessoas podem cadastrar as ocorrências de eventos geológicos, a partir de fotos, vídeos e uma breve descrição. As informações irão compor uma base de dados nacionais sobre eventos de desastres no Brasil, contribuindo para o fortalecimento das ações de prevenção, enfrentamento e resposta a desastres.

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