DA REDAÇÃO
Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão estudando os efeitos do óleo de pequi na cicatrização da pele — e os primeiros resultados são animadores. A pesquisa, desenvolvida no Laboratório de Histofisiologia e Reprodução Animal do campus Araguaia, mostrou que o óleo do fruto típico do Cerrado acelera a regeneração de tecidos em testes experimentais.
Os ensaios foram realizados em feridas cutâneas, utilizando um creme com 10% de óleo de pequi. Os resultados demonstraram que o tratamento não apenas reduziu o tempo de cicatrização como também favoreceu a formação de colágeno, o crescimento de novos vasos sanguíneos e uma cobertura completa da área lesionada.
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A ação cicatrizante é atribuída à composição do óleo, rica em ácidos graxos insaturados como o oleico, linoleico e linolênico. Esses componentes atuam como anti-inflamatórios naturais e estimulam processos fundamentais para a regeneração da pele, como a formação de novos tecidos e a proteção contra infecções.
Além da cicatrização, os pesquisadores observaram propriedades antimicrobianas e antioxidantes, o que amplia o potencial terapêutico do óleo de pequi, tradicionalmente usado na medicina popular e na alimentação. O estudo é mais uma evidência de que os recursos do Cerrado podem ser aliados valiosos na saúde humana.
