PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) recusou o convite para assumir a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá. A decisão foi confirmada nesta quinta-feira (12), após reunião com o prefeito Abilio Brunini (PL), responsável pela proposta.
Mesmo diante da intenção de criar uma “supersecretaria” com Monteiro no comando e o atual secretário, Amauri Monge, como adjunto, o parlamentar optou por permanecer no cargo para o qual foi eleito, alegando respeito ao mandato recém-iniciado e compromisso com os eleitores.
O vereador explicou que sua decisão de recusar o convite para assumir a Secretaria Municipal de Educação está diretamente ligada ao compromisso assumido com os eleitores e à fase inicial de seu mandato na Câmara de Cuiabá. Ele destacou que ingressou recentemente na vida pública, após uma trajetória no setor privado, e foi eleito em sua primeira candidatura.
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"Fui eleito para ser vereador há pouquíssimo tempo. Eu estava longe da vida pública e era do setor privado. Dediquei um tempo à Seduc e, pela primeira vez, concorri a um cargo eletivo, saí vitorioso, e é impossível deixar agora este posto para o qual fui eleito pelo eleitor cuiabano para assumir outra função. São apenas seis meses, e eu já vou abandonar o cargo de vereador? Eu entendo que não. Então, por um conjunto de fatores — pela qualidade do secretário Amauri, pela independência do meu mandato, que quero cultivar, e pelo fato de estar muito recente como vereador na Casa — eu não vou aceitar o convite", justificou.
Desde o dia 13 de maio, o vereador está em licença não remunerada, cumprindo um acordo interno do Republicanos que permitiu a atuação do suplente Fred Gahyva na Câmara Municipal. Monteiro deve retomar suas atividades legislativas no próximo dia 16 de junho.
Com a recusa, Amauri Monge segue no comando da Secretaria de Educação de Cuiabá.
Durante o anúncio de sua decisão, Daniel Monteiro demonstrou surpresa e reconhecimento pela relevância do convite feito pelo prefeito Abilio. Aos 30 anos e com apenas seis meses de atuação parlamentar, ele destacou o peso da Secretaria Municipal de Educação dentro da estrutura administrativa de Cuiabá, por ser responsável pela maior fatia do orçamento — cerca de 25% da receita corrente líquida do município.
"Nem esperava, nos meus melhores sonhos, que com apenas 30 anos e apenas 6 meses de legislatura, eu seria convidado para comandar a pasta à qual se destina a maior fatia do orçamento, que detém 25% da receita corrente líquida. Neste momento, conversei com o prefeito e entendo que não é o momento de ser secretário de Educação. Fiquei honrado com o convite, mas não aceitaria agora, porque a política não é sobre mim, não é sobre ninguém, sobre nenhum CPF; a política é sobre a necessidade do povo. E eu vejo que a cidade está bem servida com o atual secretário de Educação. Por outro lado, Cuiabá precisa de um vereador que tenha um mandato ativo e altivo, e creio que, nestes 6 meses, venho desempenhando esse papel", concluiu.