PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, nesta quarta-feira (18), o pedido de habeas corpus apresentado pelo vereador afastado de Cuiabá, Chico 2000 (PL). A solicitação buscava anular a Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil no fim de abril para apurar um suposto esquema de corrupção envolvendo o parlamentar e o também vereador afastado Sargento Joelson (PSB).
Segundo as investigações, os dois parlamentares teriam recebido R$ 250 mil em propina da empreiteira HB20, responsável pela obra do Contorno Leste — orçada em R$ 125 milhões —, em troca de apoio político à aprovação de um projeto de parcelamento de dívidas tributárias que favoreceria diretamente a empresa.
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A defesa de Chico 2000 alegou que a operação teria se baseado em provas ilícitas, o que, segundo os advogados, comprometeria a legalidade do processo. No entanto, o ministro do STJ responsável pela análise do pedido entendeu que não havia elementos suficientes para conceder a liminar e determinou a intimação da juíza de primeira instância antes de qualquer decisão definitiva sobre o mérito.
A decisão de afastamento dos vereadores, assinada pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais, apontou que a manutenção dos investigados nos cargos representava risco à continuidade das investigações, com possibilidade de obstrução na coleta de provas e intimidação de testemunhas.
Com o afastamento, a vaga de Chico 2000 na Câmara Municipal de Cuiabá está sendo ocupada pelo segundo suplente, Rafael Yonekubo (PL). Apesar das denúncias e do avanço das investigações, Chico nega qualquer envolvimento com o esquema.