ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que vai convocar o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para prestar esclarecimentos sobre a recente suspensão das linhas de crédito de equalização do Plano Safra pelo governo federal. O parlamentar destaca que vai protocolar o requerimento de convocação assim que os trabalhas do colegiado sejam retomados.
A decisão de suspender essas linhas de crédito tem gerado preocupações significativas entre produtores rurais e representantes do setor agrícola, que dependem desses recursos para o financiamento de suas atividades.
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Nogueira apontou a importância de entender os motivos por trás dessa medida e os planos do governo para mitigar os impactos negativos na produção agrícola nacional.
Além da convocação de Fávaro, o parlamentar informou que vai apresentar requerimento de informações ao Ministério da Agricultura.
O objetivo da ação é obter detalhes específicos sobre os critérios utilizados para a suspensão das linhas de crédito, bem como as estratégias previstas para assegurar o suporte financeiro necessário aos agricultores durante este período de incertezas. “É fundamental que o governo federal esclareça as razões dessa suspensão e apresente soluções concretas para garantir que nossos produtores não sejam prejudicados. Desde a campanha, Lula tem tratado o agro como seu inimigo número um, e não podemos permitir que ele utilize o aparato do Estado para perseguir um setor tão vital para o nosso país”, afirmou o deputado.
Outro lado
Já o ministo de Lula atribui a responsabilidade da suspensão de novas contratações de financiamentos subvencionados do Plano Safra 2024/25 ao Congresso Nacional que ainda não votou o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do ano. A suspensão foi comunicada na quinta-feira, 20, pelo Tesouro Nacional às 25 instituições financeiras que operam o crédito rural na safra atual, alegando que a medida deve-se à falta da aprovação do Orçamento de 2025.
“A responsabilidade é total do Congresso e da presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que deveriam cumprir o papel de cobrar pela votação do Orçamento. A falta de orçamento parou o Plano Safra. Estamos terminando fevereiro e não temos Orçamento”, argumentou o ministro.
Em nota à imprensa, a FPA refutou o argumento do governo de que a demora na aprovação do PLOA tenha levado à suspensão dos recursos do Plano Safra. A FPA afirmou que a suspensão das linhas é resultado do aumento da Selic e da falta de responsabilidade fiscal do governo.
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Para o ministro de Lula, a FPA deveria ter pressionado o Congresso pela votação do Orçamento, dado o impacto à política de crédito rural. “Estou vendo a FPA, que deveria defender e lutar pela agropecuária, fazendo vídeos falando em revolta e desprezo, mas não defendem a agropecuária. Se a FPA tivesse responsabilidade com a agropecuária, estava pressionando a Comissão Mista de Orçamento (CMO) para votar o Orçamento. Em vez de ficarem gravando vídeo, deveriam trabalhar em prol da agropecuária. É narrativa de quem quer fazer política em vez de cumprir o seu papel, que é responsabilidade por tratar o Orçamento junto ao Congresso”, criticou o ministro Carlos Fávaro.