PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O juiz João Francisco Campos de Almeida, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, excluiu uma condenação de sete anos de prisão da execução penal de Paulo Witer Farias Paelo, o "WT", apontado como um dos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso.
A sentença, por roubo, já estava em cumprimento no regime fechado. Com a nova decisão, WT já conseguiu reduzir em 21 anos o total de sua pena.
De acordo com a decisão judicial, embora a condenação tenha sido anulada, ela ainda constava unificada no cálculo da pena do detento.
O magistrado determinou a retirada da guia definitiva relativa a essa condenação do processo de execução penal, com a atualização do total da pena privativa de liberdade.
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Em fevereiro deste ano, o mesmo juiz havia atendido a uma ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e retirado do cálculo da pena uma condenação de 14 anos por lavagem de dinheiro, relacionada à Operação Red Money, que investigou esquema financeiro ligado à facção criminosa.
Paulo Witer foi condenado a 51 anos e sete meses de prisão em regime fechado, após unificação de condenações em diversos processos criminais em comarcas de Mato Grosso.
Desse total, ele cumpriu 15 anos e 11 meses e teve a progressão para o regime semiaberto autorizada pela justiça, com monitoramento eletrônico, em dezembro de 2023.
Ele responde a processos por roubo qualificado, furto qualificado, posse irregular de arma de fogo e nas Comarcas de Tangará da Serra, Cuiabá, Várzea Grande e Rio Branco.
Ainda na comarca da capital responde também a ação penal, de 2018 pela 7a Vara Criminal, por integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro, crimes pelos quais foi condenado a 14 anos de reclusão.
Entenda o caso
Em abril de 2024, as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, revelaram que "WT" teria elaborado um plano ousado para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Segundo os investigadores, WT, que é proprietário do time de futebol amador Amigos WT, pretendia erguer um complexo esportivo no bairro Jardim Umuarama. Batizado de Arena Vip Cuiabá, o projeto ocuparia dez lotes residenciais e incluiria dois campos de futebol, academia, lojas comerciais e lanchonetes.
A construção do espaço, de acordo com a Polícia Civil, fazia parte de um esquema sofisticado de disfarce e movimentação de recursos ilícitos sob a fachada de atividades esportivas e comerciais.
Atualmente, WT segue preso preventivamente.
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