PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Condenado a 39 anos de prisão por crimes violentos, incluindo homicídio, estupro e tentativa de feminicídio, Gilberto Rodrigues dos Anjos enfrentará novo júri popular no dia 7 de agosto.
Desta vez, ele será julgado pela chacina que matou Cleci Cardoso, de 46 anos, e suas três filhas - duas delas crianças - em Sorriso, Mato Grosso.
O crime, marcado por extrema brutalidade, chocou o país e gerou comoção nacional. A data do júri popular foi confirmada nesta quarta-feira (11) pelo advogado da família das vítimas, Conrado Pavelski Neto.
No dia 25 de março deste ano, Gilberto foi condenado pelo Tribunal do Júri de Lucas do Rio Verde pelos crimes de homicídio, estupro, tentativa de feminicídio e lesão corporal qualificada por violência de gênero, resultando em uma pena de 22 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão. A Justiça determinou que o réu cumpra a sentença em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
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Chacina em Sorriso
O crime ocorreu entre os dias 24 e 25 de novembro de 2023, em Sorriso. Segundo as investigações da Polícia Civil, Gilberto invadiu a residência da família durante a madrugada, entrando pela janela do banheiro. No local, ele estuprou Cleci Cardoso, de 46 anos, e duas de suas filhas, assassinando brutalmente as quatro vítimas. Três delas foram esfaqueadas e uma criança de 10 anos foi asfixiada. Os corpos foram encontrados com cortes profundos no pescoço, após vizinhos notarem o silêncio incomum na casa durante todo o fim de semana.
Após cometer o crime, Gilberto voltou para o terreno ao lado da casa, onde trabalhava e dormia. Roupas sujas de sangue e uma peça íntima de uma das vítimas foram encontradas com ele durante as investigações. Ele confessou os assassinatos.
Outros crimes
Gilberto já acumula outras duas condenações: 17 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Osni Mendes Araújo, em 2013, em Mineiros (GO), e 22 anos por estupro e tentativa de feminicídio em Lucas do Rio Verde (MT), em sentença proferida em março de 2025. Com isso, ele já cumpre pena em regime fechado na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, com 39 anos de reclusão no total.
O Ministério Público deve pedir a pena máxima no novo julgamento, alegando a crueldade e a reincidência dos crimes. Organizações de defesa dos direitos das mulheres acompanharão de perto o júri, que promete reacender o debate sobre penas mais severas para crimes hediondos e a possibilidade de prisão perpétua no Brasil.
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