BLOG DA DANIELA LIMA
DO G1
O nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é mencionado nas anotações do grupo que se intitulava "Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos" como um alvo de interesse.
Segundo investigadores que acompanham o caso, Pacheco estava "na mira" deles, mas só a análise completa do material vai esclarecer, explicam os que acompanham o caso, qual a magnitude do monitoramento e o motivo.
A PF cumpriu, por ordem do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), cinco mandados de prisão nesta quarta (28).
Esse grupo, integrado por militares da ativa e aposentados, é suspeito de executar um advogado, Roberto Zampieri, com dez tiros. Ao investigar o assassinato, em Mato Grosso, a polícia civil acabou se deparando com um mega esquema de venda de sentenças em diversos tribunais do país, inclusive no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por isso, o caso passou às mãos do Supremo.
Como revelou o blog mais cedo, o grupo criminoso tinha uma tabela de preços para o monitoramento de autoridades e pessoas comuns.
A espionagem de ministros do Supremo e integrantes do judiciário custava R$ 250 mil. A de deputados, R$ 100 mil. A de senadores, R$ 150 mil.
Em nota, Pacheco disse externar repúdio e que espera que a lei prevaleça: “Externo meu repúdio em razão da gravidade que representa à democracia a intimidação a autoridades no Brasil, com a descoberta de um grupo criminoso, conforme investigação da Polícia Federal, que espiona, ameaça e constrange, como se o país fosse uma terra sem leis. Que as autoridades competentes façam prevalecer a lei, a ordem e a competente investigação sobre esse fato estarrecedor trazido à luz.”
Entenda a operação
Esta é a sétima fase da operação que apura o suposto esquema de venda de decisões judiciais nos tribunais de Mato Grosso e no STJ. Foi durante as investigações do esquema que a organização criminosa voltada para a prática de homicídios por encomenda e monitoramento ilegal foi descoberta.
O grupo se autodenominava "Comando C4", sigla para "Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos".
A PF cumpre cinco mandados de prisão nesta fase da operação. Os alvos são integrantes da agência de “espionagem e extermínio”, formada por militares da ativa e da reserva, além de civis.