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Política e Judiciário Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 14:21 - A | A

08 de Maio de 2025, 14h:21 A- A+

Política e Judiciário / PREJUÍZO DE R$ 22 MILHÕES

Ex-deputado e ex-presidente da Metamat são alvos de operação por fraudes em contratos de perfuração de poços artesianos

As investigações apontaram a existência de uma associação criminosa na Metamat, estruturada para desviar recursos de contratos firmados pela estatal entre 2020 e 2023

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na manhã desta quinta-feira (8 de maio), a Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deu início à “Operação Poço sem Fundo” para apurar um suposto esquema milionário de fraudes em contratos de perfuração de poços artesianos, denunciado pelo Governo do Estado, com suspeita de manipulação de licitações e superfaturamento.

Entre os alvos estão o ex-presidente Juliano Boraczynski, o ex-deputado e atual diretor Wagner Ramos, o diretor técnico Francisco Lima e o ex-vereador Gonçalo “Pente Fino”.

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O ex-deputado Wagner Ramos, que começou a carreira como repórter em Tangará da Serra (MT) - onde ainda reside -, assumiu mandato na Assembleia Legislativa como suplente em 2003 e ocupou a cadeira em tempo integral de 2006 a 2010. Já Francisco Holanildo Lima foi superintendente regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Mato Grosso.

Desvio milionário

Os trabalhos tiveram início após auditorias da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontarem um prejuízo mínimo de R$ 22 milhões decorrente de desvios em contratos de perfuração de poços artesianos. 

As investigações apontaram a existência de uma associação criminosa na Metamat, estruturada para desviar recursos de contratos firmados pela estatal entre 2020 e 2023, cujo propósito oficial era garantir o abastecimento de água em comunidades rurais de Mato Grosso. De acordo com o inquérito, era manipulado os processos licitatórios e inflando valores em contratos celebrados com órgãos públicos.

A  empresa tinham a missão de perfurar poços artesianos e instalar a infraestrutura necessária para distribuir água aos moradores das regiões atendidas.

Entretanto, auditorias da Controladoria Geral do Estado revelaram diversas irregularidades: poços inexistentes nos locais indicados, perfurações sem sistemas adequados de armazenamento e casos em que os próprios habitantes improvisavam métodos rudimentares para retirar água dos poços supostamente construídos.

Com base nesses relatórios, a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) acionou o Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, que expediu medidas judiciais contra seis empresas e 24 pessoas físicas, sendo 16 servidores (ativos ou exonerados) e oito empresários.

No cumprimento das determinações, realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra, foram executados 30 mandados de busca e apreensão, o sequestro de 49 imóveis e 79 bens móveis, além do bloqueio de valores nas contas bancárias dos investigados e das empresas. Outras medidas cautelares, como o afastamento de funções públicas, também estão sendo aplicadas.

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