PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Nesta terça-feira (3) a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou que deixou o Brasil para viver temporariamente na Europa, onde pretende retomar sua atuação política com foco em críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. Segundo ela, a mudança foi motivada inicialmente por razões médicas, mas evoluiu para um afastamento estratégico de suas atividades parlamentares.
Zambelli afirma que sua saída não representa um recuo, mas uma forma de resistência diante do que classifica como um ambiente autoritário no país. “Minha liberdade de expressão foi cerceada. Quero voltar a falar o que penso, sem perseguição”, declarou em vídeo divulgado nas redes sociais.
O anúncio ocorre após o STF condená-la à prisão e à perda de mandato, com base no depoimento de um hacker que a teria ligado a invasões de sistemas do Conselho Nacional de Justiça - acusação que ela nega e contesta por falta de provas. A deputada afirma ser vítima de perseguição judicial e diz que a decisão foi política.
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Agora fora do país, Zambelli promete atuar junto a cortes europeias e organismos internacionais, levando o que considera denúncias de censura e supressão de direitos no Brasil. Ela também criticou o Parlamento brasileiro, que, segundo sua visão, estaria “submisso” ao STF e deixando de cumprir seu papel constitucional.
Com mais de 946 mil votos na última eleição, a parlamentar diz sentir-se responsável por manter sua voz ativa, ainda que fora do território nacional. Defensora de pautas conservadoras, ela aproveitou para criticar a esquerda e o que chama de "agenda globalista", prometendo seguir na luta por seus ideais.
A nova etapa de Zambelli marca uma ampliação de seu ativismo político para o cenário internacional e reforça a tensão entre alas conservadoras e instituições brasileiras, num momento de acirramento do debate político e judicial no país.
Veja o vídeo:
