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Política e Eleições Quarta-feira, 29 de Maio de 2024, 13:45 - A | A

29 de Maio de 2024, 13h:45 A- A+

Política e Eleições / "MANOBRAS DA PROIFES"

Universidades federais decidem que greve continuará mesmo após acordo do Governo Federal com Proifes

Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN declara que Proifes, entidade cartorial burocrática sem registro sindical não tem legitimidade na representação docente federal

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A greve dos professores de universidades e institutos federais continua, mesmo após o acordo assinado, nesta última segunda-feira (27), em Brasília, por representantes do Governo Federal e do Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico). O Comando Nacional de Greve (CNG) do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) divulgou uma nota na última quinta-feira (23), expressando repúdio e questionamento jurídico quanto à permanência do Proifes na Mesa de Negociação das servidoras e servidores da Educação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A crítica do sindicato se baseia na alegada ilegitimidade do Proifes em representar o conjunto da categoria docente federal, uma vez que é considerado uma entidade cartorial burocrática sem registro sindical.

O Andes, historicamente, tem sido uma das principais vozes na defesa dos direitos dos docentes e tem um papel importante nas negociações e greves da categoria. O questionamento do ANDES-SN à presença do Proifes na mesa de negociação aponta para um conflito de legitimidade e representatividade dentro do movimento sindical dos docentes federais. O ANDES-SN sustenta que, sem o devido registro sindical, o Proifes não tem a legitimidade necessária para representar os interesses dos professores federais de forma adequada e abrangente e muito mesmo assinar acordo com o governo.

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Greve continua

Nesta terça-feira (28), todas as 63 instituições de ensino, que estavam paralisadas nos últimos 55 dias, realizaram assembleias para deliberar sobre o retorno às atividades. No entanto, todas optaram por continuar em greve. Entre as instituições afetadas estão a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Ufba (Universidade Federal da Bahia). Além disso, houve uma nova adesão ao movimento nesta tarde: a UFPI (Universidade Federal do Piauí).

A decisão dos docentes está alinhada com as expectativas do Andes que rejeitou a proposta salarial do governo Lula, alegando que o acordo assinado pelo Proifes não atende às demandas dos servidores e “afronta as decisões das bases em greve”, conforme afirmou o presidente da entidade, Gustavo Seferian.

Nota do Comando Nacional de Greve

Em nota intitulada “Em defesa da democracia sindical e pela legitimidade na representação docente”, entre outras legislações, a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que, explicitamente, se coloca contrária à unicidade sindical e defende, assim como o Sindicato Nacional, a livre organização das trabalhadoras e dos trabalhadores.

“A crítica a esse sindicalismo de Estado e a essa legislação sindical brasileira foi e é a base histórica do ANDES-SN, e de inúmeros outros sindicatos, que romperam com décadas de apassivamento d(a)os trabalhador(a)es. Infelizmente, não conseguimos avançar na reestruturação da legislação ao longo das últimas décadas”, critica o CNG.

No documento, o CNG do Andes destaca a importância de denunciar as manobras da Proifes e ressalta que a entidade é uma organização patronal, vinculada ao atual governo federal. “Essa política servil que desarma a classe de sua capacidade de crítica e de organização, certamente, contribui muito para a fragilização da democracia e para paralisar uma reorganização do país que passe pela valorização da educação, da ciência e da cultura”, avalia.

De acordo com o texto do Comando de Greve, é necessário buscar formas de impedir que a Proifes assine o acordo com o governo, para impedir que 2012 e 2015 se repitam e para “ecoar a voz de centenas de docentes, que estão comparecendo às assembleias presenciais das bases da entidade cartorial, para votar contra o acordo, e estão sendo impedidas pelas manobras burocráticas realizadas pelas suas direções, que colocam a decisão para uma votação online, sem nenhum controle de sua efetividade, esvaziando o legítimo espaço de troca, partilhas, opiniões distintas e construção coletiva, que são as assembleias presenciais”, declara.

Acompanhe a nota completa do CNG do Andes

Universidades e institutos deferais que continuam em greve

  1. Universidade Federal do Rio Grande
  2. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
  3. Universidade Federal do Ceará
  4. Universidade Federal do Cariri
  5. Universidade de Brasília
  6. Universidade Federal de Juiz de Fora
  7. Universidade Federal de Ouro Preto
  8. Universidade Federal de Pelotas
  9. Universidade Federal de Pelotas
  10. Universidade Federal de Viçosa
  11. Universidade Federal do Espírito Santo
  12. Universidade Federal do Maranhão
  13. Universidade Federal do Pará
  14. Universidade Federal do Paraná
  15. Universidade Federal do Sul da Bahia
  16. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
  17. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  18. Universidade Federal de Rondônia
  19. Universidade Federal de Minas Gerais
  20. Universidade Federal de Minas Gerais
  21. Universidade Federal de Roraima
  22. Universidade Federal de São João del-Rei
  23. Universidade Federal de Pernambuco
  24. Universidade Federal de Catalão
  25. Universidade Federal do Oeste da Bahia
  26. Universidade Federal de Santa Maria
  27. Universidade Federal de Tocantins
  28. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  29. Universidade Federal Fluminense
  30. Universidade Federal de Alagoas
  31. Universidade Federal do Agreste de Pernambuco
  32. Universidade Federal Rural de Pernambuco
  33. Universidade Federal de São Paulo
  34. Universidade Federal da Bahia
  35. Universidade Federal do ABC
  36. Universidade Federal Rural da Amazônia
  37. Universidade Federal Rural da Amazônia
  38. Universidade Federal de Campina Grande
  39. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  40. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  41. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  42. Universidade Federal do Acre
  43. Universidade Federal de Lavras
  44. Universidade Federal de São Carlos
  45. Universidade Federal de Goiás
  46. Universidade Federal de Santa Catarina
  47. Universidade Federal do Amapá
  48. Universidade Federal do Sergipe
  49. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  50. Universidade Federal da Integração Latino-Americana
  51. Universidade Federal do Oeste do Pará
  52. Universidade Federal de Mato Grosso
  53. Universidade Federal de Uberlândia
  54. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  55. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri
  56. Universidade Federal do Piauí
  57. Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
  58. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
  59. Instituto Federal do Piauí
  60. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste
  61. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-riograndense
  62. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
  63. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

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