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Política e Eleições Terça-feira, 06 de Agosto de 2024, 16:40 - A | A

06 de Agosto de 2024, 16h:40 A- A+

Política e Eleições / ELEVAR A NOVA INDÚSTRIA

Presidente em exercício Geraldo Alckmin afirma que não há desenvolvimento social sem política industrial

Presidente em exercício discursa na abertura do seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo” e ressalta medidas do Governo Federal para impulsionar o setor

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, participou da abertura do seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo” nesta terça-feira (06), em Brasília. O intuito do evento é incentivar o debate sobre tendências em política industrial e abordar boas práticas de governança e fatores para levar o setor a um novo patamar.

Em seu discurso, Alckmin ressaltou que a indústria é fundamental para o desenvolvimento social e econômico de um país, e que o Governo Federal retomou políticas de incentivo para alavancar o setor. “Não tem desenvolvimento social, econômico, ganho de renda, sair de renda média e ir para renda mais alta, salários de melhor valor, se não tiver indústria. A indústria agrega valor e está na ponta da vanguarda tecnológica”, disse.

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O presidente em exercício pontuou a Nova Indústria Brasil (NIB), política que estimula o desenvolvimento nacional até 2033 com sustentabilidade e inovação, e o Mover, que aumenta exigências de sustentabilidade na cadeia automotiva, como exemplo das iniciativas federais inovadoras.

“O Mover é composto por créditos financeiros que chegarão em cinco anos a quase R$ 18 bilhões para estimular a descarbonização e a busca pela eficiência energética. O Brasil tem compromisso com a descarbonização e o combate à mudança do clima”, disse Alckmin durante o seminário, que é uma realização do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Tendência mundial

O desenvolvimento de políticas industriais ganha força mundo afora. Há mais e 2.500 delas em vigor no mundo, segundo mapeamento do Fundo Monetário Internacional. Dessas, 71% estão em economias desenvolvidas, afirma levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Na abertura do seminário, o presidente em exercício defendeu a importância da Nova Indústria Brasil (NIB) para o desenvolvimento nacional e ressaltou as mudanças no cenário global depois das crises recentes, como a pandemia de Covid-19.

“Política industrial é emprego, renda, desenvolvimento social e econômico. O mundo mudou. Pós-crises de 2008 e da Covid, o que a gente observa no mundo inteiro é um enorme protecionismo, e as nações mais ricas são as que mais distorcem o comércio internacional. Então, nós temos que, de um lado, fazer defesa comercial quando está na cara que está havendo um problema e, de outro lado, trabalhar permanentemente para reduzirmos custos e termos melhor competitividade”, disse.

A uma plateia formada por representantes do governo, da academia e do setor produtivo, o ministro apresentou instrumentos da política industrial que abrem espaço para um novo caminho do desenvolvimento, com estímulo à inovação, exportação, competitividade e sustentabilidade.

Para financiamento da NIB, por exemplo, o ministro ressaltou os recursos do Plano Mais Produção, que disponibiliza R$ 300 bilhões, até 2026, para financiar iniciativas alinhadas às seis missões industriais, incluindo crédito para inovação. Só o BNDES já aprovou R$ 115,3 bilhões de crédito para financiar a indústria. Além disso, a sanção da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), que será gerida pelo BNDES, abre nova oportunidade de crédito, com recursos de mercado.

A realização do “Seminário Políticas Industriais no Brasil e no Mundo” é uma parceria do MDIC, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

SUSTENTABILIDADE – Outro ponto central, na avaliação de Alckmin, é o compromisso com a sustentabilidade. Ele lembrou que o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono foi sancionado pelo presidente Lula na última semana, em evento no Ceará. “Aqui foi citado o hidrogênio de baixo carbono. O presidente Lula sancionou a lei do hidrogênio de baixo carbono. O presidente Lula, o presidente Biden (EUA) e o primeiro-ministro Modi, da Índia, criaram uma aliança global pelos biocombustíveis. Então, Brasil, Índia e Estados Unidos estão liderando ações em torno de biocombustíveis”, afirmou.

DESMATAMENTO – Além de investimentos para descarbonização e eficiência energética, Alckmin enfatizou que uma das formas para se fortalecer a indústria é combater o desmatamento. “Com um hectare de mata derrubada e queimada, lançamos 300 toneladas de carbono na atmosfera. Então, total compromisso, desmatamento ilegal, zero”, citou. Ele mencionou ainda que é necessária uma defesa comercial, com ajustes nas tarifas de importação e o avanço de novos mercados, para estimular a economia e a competitividade. “Nós temos que ter, de um lado, defesa comercial, e de outro lado, trabalhar para reduzir custos e termos competitividade. Política industrial é emprego, renda, desenvolvimento social e econômico”, resumiu.

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