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Política e Judiciário Terça-feira, 11 de Junho de 2024, 15:05 - A | A

11 de Junho de 2024, 15h:05 A- A+

Política e Judiciário / POSSÍVEL FAVORECIMENTO

Neri Geller pede demissão do cargo do Ministério da Agricultura após irregularidades em leilão do arroz

Agora, a Conab planeja fazer um novo leilão, com outro formato, para evitar qualquer tipo de suspeita sobre a aquisição de arroz que será vendido com subsídio do governo Federal para controlar os preços do alimento devido aos alagamentos no RS

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O ex-deputado federal e secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller (PP), pediu demissão do cargo após vir a tona de que estaria envolvido na suspeita de irregularidades no leilão de arroz planejado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Neri Geller pediu demissão após a Conab confirmar que o leilão foi anulado por conta das suspeitas de que ele, o filho dele e um ex-assessor dele teriam influenciado o leilão.

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A demissão se dá depois que o ex-assessor Robson Luiz de Almeida França, de quando Neri era deputado federal, arrematou mais de 90 mil toneladas de arroz no leilão da Conab. A suspeita é de favorecimento.

A saída de Neri Geller foi confirmada pelo ministro Carlos Fávaro, após reunião no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira (11).

"Ele pediu demissão e eu aceitei dissi Fávaro", em coletiva de imprensa. 

O Governo Federal decidiu importar arroz para evitar especulações de preços por conta da destruição das plantações do grão nas enchentes do Rio Grande do Sul, o maior estado brasileiro produtor de arroz.

Robson participou do leilão por meio das empresas criadas por ele em 2023, a Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e a Foco Corretora de Grãos, que ficou responsável pela intermediação de 44% de 263 milhões de toneladas de arroz leiloado.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, anunciou a anulação do arroz leiloado em 6 de junho e que irá fazer um novo certame nos próximos dias com outros modelos.

Robson negou à imprensa ter atuado como assessor parlamentar de Neri tenha lhe dado algum favorecimento para a vitória no leilão. “Jamais, de forma alguma. Eu trabalhei com o Neri em 2018 ou 2019, se não me falha a memória. De lá pra cá eu fui tocar a minha vida”, disse.

Agora, a Conab planeja fazer um novo leilão, com outro formato, para evitar qualquer tipo de suspeita sobre a aquisição de arroz que será vendido com subsídio do governo Federal para controlar os preços do alimento devido aos alagamentos no Rio Grande do Sul, que afetaram as principais plantações desse cereal.

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