PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
No primeiro horário desta quarta-feira (8), o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul liberou mais dois caminhões carregados com água e uma equipes com dez pessoas que vão auxiliar no resgate às vítimas do Rio Grande do Sul, que enfrenta os efeitos da chuva que provocaram as maiores enchentes da história da região. Além do trabalho realizado pela Defesa Civil de Mato Grosso do Sul e Secretaria de Estado de Saúde (SES), com o apoio de outras secretarias estaduais, a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), também vai auxiliar nas ações de apoio ao RS.
“Estamos trabalhando para apoiar o Rio Grande do Sul e os irmãos gaúchos no sentido de mobilizar suprimentos e pessoas para ajudar neste momento difícil. Está saindo do Mato Grosso do Sul agora, mais dois caminhões de água e dez pessoas, para somar ao time que já está lá com um helicóptero e duas guarnições de resgate com barcos”, afirmou o governador, Eduardo Riedel.
O carregamento de água e as equipes de resgate, saíram da Governadoria, em Campo Grande (MS), nesta manhã, com destino a Porto Alegre (RS), com previsão de chegada na manhã de sábado (11). A equipe vai atuar no estado gaúcho por duas semanas.
“O Estado deslocou primeiro as equipes de resposta (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), e agora estamos deslocando a parte da Defesa Civil. Com esse apoio entendemos que vamos auxiliar na parte da logística, no recebimento das doações e no direcionamento destes recursos a quem precisa. As viaturas chegam em Porto Alegre e de lá para o gabinete de crise que está montado. As doações serão direcionadas aos municípios com necessidade”, afirmou o coronel Hugo Djan, coordenador estadual da Defesa Civil de MS.
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Nos próximos dias, também serão enviados outros caminhões com alimentos e insumos médicos na terça-feira (14), a previsão é de que 19 médicos também se desloquem para Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul.
“Conseguimos encaminhar 30 mil unidades de copos de água. E estamos prontos para enviar uma equipe de técnicos que possam auxiliar a destravar os sistemas de água, de abastecimento, que se encontram comprometidos”, afirmou o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio.
Deslocamento guiado
O deslocamento das equipes de apoio é realizado com suporte e informações enviadas do RS, com estudo prévio das vias de acesso ao estado gaúcho, já que inúmeras estradas tiveram que ser bloqueadas, devido as destruições ocasionadas pelas enchentes.
“A gente recebeu mapas. Algumas estradas que não podemos passar, porque estão interditadas. Estou em um grupo (online de mensagens) que informam como está, já sei aonde vamos trabalhar o que vamos fazer, o que está precisando. Vamos para Porto Alegre, lá vamos ver a demanda no gerenciamento e aí deslocar as equipes”, afirmou o capitão Carlos Roledo, chefe do departamento de logística da Defesa Civil de MS.
Auxílio
Na semana passada, foram enviadas as primerias equipes do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, para atuar nas cidades gaúchas de São Leopoldo e Canoas. Nos sábado (4) e domingo (5), os militares resgataram mais de 900 pessoas e aproximadamente 200 animais.
Além disso, a aeronave do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) participou do resgate de pessoas ilhadas e transportou cerca de 700 quilos de medicamentos enviados a cidades do interior do Rio Grande do Sul.
Boletim da Defesa Civil
O governo de vários estados brasileiro e federal estão mobilizados para prestar assistência às vítimas e minimizar os danos causados pelas enchentes. De acordo com o último boletim da Defesa Civil, as chuvas, deste início de maio até o fim desta terça-feira (7), deixando 90 mortos, 132 desaparecidos e 361 pessoas feridas, provocando as maiores enchentes da história do estado gaúcho.
Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 1,3 milhão de pessoas em território gaúcho. Mais de 155 mil pessoas estão desalojadas e outros 48 mil estão em abrigos. A marca já supera a última tragédia ambiental no estado, em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram.
“O mais importante é a mobilização que a sociedade do MS já está fazendo, todo dia saindo carretas de suprimentos, com colchão, cobertor, água, alimentos para o Rio Grande do Sul. Isso é extremamente importante. Então você, cidadão e cidadã sul-mato-grossense, vamos estender a mão nesta hora porque a doação é extremamente importante. Nosso time de Governo está reforçando o apoio de resgate e suporte profissional a quem precisa neste momento”, finalizou o governado de MS, Eduardo Riedel.