ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, realizou na manhã desta sexta-feira (26) uma visita técnica às dependências do Hospital Municipal de Cuiabá - HMC - Dr. Leony de Palma e apresentou um panorama dos atendimentos na maior unidade de saúde, que é apontada como um verdadeiro Hospital Regional.
O chefe do Executivo Municipal chamou o governador Mauro Mendes (União Brasil) para "sentarem na mesa" e discutirem soluções para a Saúde da Capital. Emanuel reforçou que não participará do processo eleitoral deste ano e que este debate pode ser realizado sem qualquer tipo de conotação política.
"Muita gente falando, olha o governador falou isso, o presidente da Assembleia falou aquilo. Para gente, isso é política, eu já falei que estou fora do processo eleitoral deste ano e quero discutir a solução para a saúde de Cuiabá e de Mato Grosso", disse Emanuel em vídeo publicado nas redes sociais.
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"Eu só vejo uma solução para isso: sentar a mensa, honrando os cargos que ocupam o prefeito e o governador do Estado. E aí Mauro? Vamos nessa? Que dia você pode me receber em audiência para tratar da saúde pública de Cuiabá e de todo Mato Grosso", desafiou o prefeito.
A declaração é uma resposta ao governador Mauro Mendes e ao pré-candidato a prefeito, deputado Eduardo Botelho, que em declarações recentes, destacaram que a saúde municipal piorou após o fim da Intervenção Estadual decretada pelo Tribunal de Justiça em 31 de dezembnro.
Em frente ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o prefeito de Cuiabá destacou que a capital "carrega a Saúde de todo Estado nas costas". Isso porque, segundo ele, nesta sexta-feira estão internados 298 pacientes na unidade de Saúde, sendo que 78 são da Capital e 220 do interior.
Todavia, não existe a contrapartida necessária por parte do Governo do Estado e da União. Ou seja, segundo Emanuel, os moradores de Cuiabá estão 'bancando' atendimento médico dos pacientes do interior.
"Cuiabá carrega há muito tempo a Saúde do Estado nas costas. Mas agora está mais sobrecarregada ainda porque nós ampliamos os serviços para a população, com HMC, duas UPAs e tantas outras coisas", destacou.
"O Estado desestruturou a saúde no interior, fechou unidades. A população do interior está correndo pra cá", complementou o prefeito, cobrando apoio da União e do Estado.
"Até agora só Cuiabá está carregando este piano. A União ajuda, Cuiabá banca tudo e o Estado pouca coisa ou quase nada", citou Emanuel, destacando que os recursos da prefeitura "dão e sobram" para atender apenas os pacientes do município. "Aqui seria uma saúde de primeiro mundo, mas o problema é que atende o Estado inteiro. A população cuiabana está ficando sem leito, sem espaço e nós estamos tendo que pagar a conta para o interior sozinhos. Isso não é correto", assinalou.
"Quero deixar registrado que estou aberto para o diálogo. Devemos debater soluções para a Saúde Pública Municipal e de Mato Grosso. Cada um fazendo a sua obrigação para oferecer um serviço de qualidade, com atendimento excelente e humanizado, sendo essa uma das principais premissas da minha gestão. Estou aberto para que possamos discutir sobre os rumos da Saúde Pública", finalizou o prefeito de Cuiabá.
Levantamento HMC
Entretanto, apesar dos inúmeros investimentos feitos durante a minha administração desde 2017, pontuou o prefeito, tem que existir contrapartida. "Até agora, só Cuiabá está carregando esse piano. A União ajuda, Cuiabá banca tudo e o Estado pouca coisa ou quase nada. Isso não é justo, vocês estão vendo os números. Aí querem discutir a estadualização do HMC. Aqui é um hospital regional. Se fosse para atender apenas a minha população cuiabana, por exemplo, hoje 78 pacientes, o recurso que nós temos daria e sobraria. Aqui seria um serviço de saúde de primeiro mundo. Agora, o problema é que é o Estado inteiro. A população cuiabana está ficando sem leitos, sem espaço, e nós estamos tendo que pagar a conta para o interior sozinhos", afirmou Emanuel Pinheiro.
"Quero deixar registrado que estou aberto para o diálogo. Devemos debater soluções para a Saúde Pública Municipal e de Mato Grosso. Cada um fazendo a sua obrigação para oferecer um serviço de qualidade, com atendimento excelente e humanizado, sendo essa uma das principais premissas da minha gestão. Estou aberto para que possamos discutir sobre os rumos da Saúde Pública", finalizou.