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Polícia Quinta-feira, 25 de Julho de 2024, 16:45 - A | A

25 de Julho de 2024, 16h:45 A- A+

Polícia / CASO RAQUEL CATTANI

"Tínhamos que manter ele por perto, se não, hoje, talvez, não estaríamos com o desfecho que está", afirma Cattani

Cattani contou em entrevista à Rádio Cultura, que a família suspeitava do ex-genro, mas que o manteve por perto para que não fugisse

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) falou pela primeira vez sobre o assassinato da filha Raquel Cattani, nesta quinta-feira (25), que, segundo as investigações, foi morta a mando do ex-marido, Romero Xavier. Cattani chegou a defender o ex-genro nas redes sociais, mas disse que isso foi parte de uma estratégia. "Tínhamos que manter ele por perto".

Em entrevista à Rádio Cultura, Cattani contou que a família suspeitava do ex-genro, mas que o manteve por perto para que não fugisse. "Nós tínhamos que mantê-lo por perto, se não, hoje, talvez, não estaríamos com o desfecho que está. Então tudo que foi feito foi para que pudéssemos elucidar os fatos".

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O parlamentar explicou que continuou em contato com Romero para que ele permanecesse na cidade. O homem chegou a ir ao velório de Raquel no último sábado, onde chorou e pediu justiça pelo crime.

“O álibi que ele tinha era um álibi muito forte. Tanto que ele não estava aqui [Nova Mutum] não teve a capacidade sequer de fazer ele mesmo, como o covarde que foi. Então ele não estaria em dois lugares ao mesmo tempo, por isso que a polícia o liberou preliminarmente, mas nós tínhamos que mantê-lo por perto, se não, hoje, talvez, não estaríamos com o desfecho que está. Então tudo que foi feito foi para que pudéssemos elucidar os fatos”, disse Cattani.

Perguntado sobre a sensação após a prisão dos irmãos Mengarde, o deputado destacou que foi “uma resposta justa”, mas que não conforta e nem apaga o que aconteceu. 

“Recebemos como uma resposta justa, uma resposta pra essa atrocidade que foi feita por esses ‘monstros’ colocados atrás das grades. Não vou dizer que conforta, porque nada vai confortar a gente nesse momento, mas ajuda a ter um pouquinho mais de segurança nas nossas forças de segurança. A gente tem a resposta de quem fez, mas não vai mudar o que foi feito, infelizmente”, desabafou o deputado.  

Ainda em entrevista, Cattani disse que pretende pedir a guarda dos netos de 3 e 6 anos. “Vamos pedir a guarda delas. Vamos cuidar com todo carinho, são nossas sementes, nossos amores maiores. Nós vamos dar todo o apoio e o que for necessário para cuidar delas, como cuidamos de todos os outros que criamos, inclusive da própria Raquel”, finalizou. 

Oitivas da Polícia Civil

Romero foi ouvido pela Polícia Civil na última sexta-feira (19), dia do crime, mas foi liberado porque tinha um álibi. Enquanto o feminicídio era cometido, ele realizou um churrasco para amigos e conhecidos, para reforçar que não tinha saído de Nova Mutum (264 km ao norte de Cuiabá), já que o crime aconteceu na zona rural.

Assassinato

Raquel foi morta com mais de 30 facadas em uma fazenda no assentamento Pontal do Marape. As investigações mostraram que Romero encomendou o crime ao próprio irmão, Rodrigo Xavier, que foi quem executou a vítima. No local, Rodrigo ainda tentou simular um latrocínio (roubo seguido de morte). Os dois foram presos no final desta quarta-feira (24).

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