PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Operação Ponte de Recibo, deflagrada na manhã desta sexta-feira (21) pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), realizou a execução de 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia. A operação contou com a mobilização de 70 policiais civis.
A investigação aponta para uma associação criminosa suspeita de praticar os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e inserção de dados falsos em sistema de informação. Os suspeitos incluem ex-servidores do Ciretran de Aparecida de Goiânia, empresários, despachantes e proprietários de garagens de veículos de Goiânia e Aparecida de Goiânia.
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A investigação começou no ano passado, quando o Detran Goiás fez uma fiscalização/auditoria em processos no Ciretran de Aparecida e descobriu fraudes ocorridas entre 2018 e 2023. Os processos envolviam serviços de transferência e regularização administrativa de veículos, entre outros, nos quais despachantes pagavam benefícios aos funcionários para terem o processo facilitado e menos oneroso. “Uma das servidoras tinha salário de R$ 1.400. E, em um ano, ela movimentou mais de R$ 400 em sua conta”, pontuou o delegado Gil Bathaus, responsável pelo inquérito.
A unidade do Ciretran em Aparecida foi fechada pelo Detran. O órgão também auxilou a Polícia Civil na investigação, por meio de serviço de auditoria e inteligência, e já efetuou o bloqueio e a restrição de automóveis envolvidos nas fraudes. A operação apreendeu documentos e veículos.
