PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Nesta última quarta-feira (29), uma equipe da Delegacia de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, do município de Caarapó (MS), juntamente com a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Fátima do Sul (MS), em decorrência da 'Operação Protetor' no âmbito do Ministério da Justiça, realizou o resgate de uma mulher de nacionalidade paraguaia e sua bebê de 11 dias de vida que estavam em cárcere privado, na aldeia indígena Marangatu, no município de Antônio João (MS).
De acordo com as informações repassadas pela PC, os policiais civis realizavam uma reunão com lideranças indígenas na aldeia e foram informados que uma mulher de 25 anos de idade, de origem paraguaia, veio ao Brasil para dar luz a uma criança. Ela havia prometido que assim que a bebê nascesse, ela entregaria para a uma mulher, de 41 anos, autora do crime de sequestro.
Após o nascimento, a mãe manifestou que não tinha mais interesse em entregar a filha. A autora então impediu a mulher de ir embora.
A vítima só poderia voltar para seu país de origem se deixasse a criança ou entregasse para a autora a quantia de R$ 1 mil. Como a mulher não tinha condições de efetuar pagamento e por temer pela sua vida e da sua bebê, diante das ameaças, não conseguiu retornar para ao Paraguai.
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As lideranças indígenas informaram que reiteradamente vem ocorrendo casos de crianças paraguaias que são levadas ao Brasil em situação irregular incorrendo em possível tráfico internacional de crianças. Nesse sentido, de posse das informações, os policiais civis foram até o local e em conversa com a vítima, ela manifestou a vontade de ir embora com sua filha.
A equipe policial juntamente com o Conselho Tutelar realizou o resgate da mãe e da criança e conduziram a autora para Delegacia de Antônio João, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante. O Conselho Tutelar entrou em contato com o Consulado Paraguaio, que abrigou a mãe e a criança.
A entrega para as autoridades paraguaias foi acompanhada pela Polícia Civil.