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Polícia Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 14:37 - A | A

20 de Março de 2025, 14h:37 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO ACQUA ILICITA

Organização criminosa cobrava R$ 1 por galão comercializado e taxa tinha previsão de aumento

Integrantes do Gaeco detalham operação e mandados cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop

DA REDAÇÃO

Integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) explicaram o esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa desarticulado com a Operação Acqua Ilicita e divulgaram o balanço parcial dos mandados cumpridos.

Conforme a força-tarefa, até por volta das 10h já haviam sido cumpridos seis mandados de prisão preventiva e aproximadamente 30 mandados de busca e apreensão domiciliar. Dois alvos da operação foram mortos em confronto com a Polícia Militar.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Participam da operação 340 policiais militares e 60 agentes do Gaeco. A entrevista coletiva foi concedida pelo coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, pelos delegados do Gaeco Hércules Batista Gonçalves e Bruno de Morais Carvalho, pelo tenente-coronel PM Frederico Lopes e pelo coronel PM José Nildo.

Conforme o coordenador do Gaeco, a Operação Acqua Ilicita apurou que o objetivo da organização criminosa Comando Vermelho era dominar a distribuição de água nos quatro municípios. Mediante ameaça e constrangimento dos comerciantes, os criminosos impunham que eles comprassem os galões de água de pessoas indicadas pela facção e ainda cobravam R$ 1 por galão comercializado.

A pretensão da organização era aumentar essa taxa para R$ 2 em 2025. O valor era então repassado pelos comerciantes ao consumidor final.

De acordo com os entrevistados, as investigações iniciaram após o recebimento de denúncias anônimas feitas por comerciantes ao Gaeco, com detalhes da prática criminosa. A desarticulação do esquema traz dois grandes benefícios para a sociedade: assegura a livre concorrência e permite que a população adquira o galão de água com preço justo e de mercado.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) é uma força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.

O promotor de Justiça Adriano Roberto Alves reforçou na coletiva que as forças de segurança de Mato Grosso estão integradas e trabalhando fortemente no enfrentamento ao crime organizado no estado.

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