PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O crime que chocou o Mato Grosso, envolvendo as irmãs Rayane e Rithiele Alves Porto, que foram sequestras, torturadas e brutalmente assassinadas na madrugada de sábado (14), em Porto Esperidião, foi ordenado por um líder da facção Comando Vermelho (CV) conhecido como "Véio", por meio de uma videoconferência de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE). O crime foi motivado por um gesto interpretado como uma alusão à facção rival, Primeiro Comando da Capital (PCC), em uma postagem nas redes sociais de uma das irmãs.
Durante a videoconferência, que durou três horas, o líder coordenou a ação criminosa. Essa informação foi registrada no termo de custódia dos quatro maiores de idade presos, entre os 11 suspeitos identificados.
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De acordo com informações da Polícia Civil, os acusados responsáveis pela morte e tortura das irmãs e pela tentativa de assassinato do irmão delas, que sofreu severas mutilações são: Rosivaldo Silva Nascimento, de 19 anos; Lucas dos Santos Justiniano, 22; Maikon Douglas Gonçalves Roda, 29; e Ana Claudia Costa Silva, 30 – todos tiveram suas prisões em flagrante convertidas em preventivas pelo juiz Ricardo Garcia Maziero.
Dos 11 suspeitos detidos, sete são adolescentes, considerados “mão de obra barata” pelas facções. Eles responderão por atos infracionais, e as autoridades já solicitaram suas internações em unidades socioeducativas.
Terceira vítima
O irmão das vítimas fatais permanece hospitalizado, mas fora de risco de morte.
As irmãs não tinham envolvimento com nenhuma facção.
Conforme o delegado regional de Cáceres, Higo Rafael de Oliveira, que participou da força-tarefa que prendeu os suspeitos, classificou a motivação do crime como absurda.
“Simplesmente matam por nada”, afirmou, destacando que a fronteira é controlada pelas forças de segurança, não pela facção criminosa, que enfrentou uma resposta rápida com as prisões.
As investigações seguem com o objetivo de identificar todos os envolvidos no brutal assassinato de Rayane e Rithiele Alves Porto e desmantelar a célula do Comando Vermelho responsável pela execução.
A força-tarefa envolvida no caso promete intensificar as operações na região de fronteira, onde o crime ocorreu, um local estratégico para o tráfico de drogas e armas controlado por facções criminosas.
Com o reforço das ações de segurança, as autoridades reafirmam o compromisso de combater o crime organizado e impedir que facções como o Comando Vermelho continuem a operar com tanta brutalidade e controle.