ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão do trio acusado de envolvimento no assassinato do advogado Roberto Zampieri.
A decisão dada na última quinta-feira (08), atendeu à ordem do corregedor-geral de Justiça, desembargado Juvenal Pereira, que ordenou a reanálise das prisões preventivas.
Estão presos desde dezembro de 2023, após o crime, Antônio Gomes da Silva (o suposto executor) e Hedilerson Fialho Martins Barbosa (o suspeito de ser o intermediário). Já o coronel reformado do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que teria financiado o crime, foi preso em janeiro deste ano.
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Na decisão, a magistrada destacou que a instrução processual já foi encerrada, as partes já apresentaram as alegações finais e o processo aguarda ser sentenciado. Ela ainda levou em consideração que não há o que se falar em constrangimento ilegal por eventual excesso de prazo nas prisões, uma vez que não houve alteração fática.
“Nesta senda, CONSIGNO que a custódia cautelar ainda se faz imprescindível, notadamente diante da inalteração fática que deu ensejo ao édito constritivo, bem como, diante da gravidade do delito imputado em face dos processados”.
“Portanto, sem mais delongas, diante da presença inequívoca dos requisitos e fundamentos do sequestro corporal preventivo (ainda mais porque o feito se encontra caminhando para a fase de prolação de sentença, bem como, diante do fato de que o Juízo ad quem, em diversos Habeas Corpus impetrados pelos custodiados, manteve a constrição da liberdade dos agentes), MANTENHO A PRISÃO PREVENTIVA dos réus Antônio Gomes da Silva, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, notadamente por persistirem os mesmos fatos que embasaram originariamente o decreto cautelar, recomendando-os na prisão em que se encontram, o que determino amparada no artigo 316, parágrafo único, do CPP”, decidiu a juíza.
Entenda melhor o caso
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro de 2023, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.
Além dos réus citados, o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo foi acusado de ser o mandante do crime. Ele foi indiciado em autos à parte.
A suspeita é de que o crime teria sido cometido por conflito envolvendo disputa de terra no interior de Mato Grosso.