ELISA RIBEIRO
O juiz João Bosco Soares, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), tomou uma decisão recentemente revogando a prisão preventiva de Aníbal Manoel Laurindo, fazendeiro, empresário e médico veterinário. Ele é suspeito de ser um dos responsáveis pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, ocorrido em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Durante a audiência de custódia, o juiz impôs algumas medidas cautelares a Aníbal, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, a suspensão do passaporte, do registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), bem como a proibição de sair da comarca de Cuiabá sem autorização judicial prévia.
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Prisão
Aníbal se entregou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã desta segunda-feira (11) para que o mandado de prisão fosse cumprido. A esposa dele não se apresentou e é considerada foragida. Ele conheceu o coronel Etevaldo Luiz Caçardini de Vargas - que foi quem financiou o crime - em um grupo criado para "fomentar" o conservadorismo após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
De acordo com o delegado, Zampieri era conhecido como "alguém que grilava terras" por sempre estar envolvido em processos de disputa de propriedades. E essa suposta "fama" de que ele tinha influência junto ao Judiciário pode ter sido a causa do crime, o que é uma das hipóteses investigadas.
Já foram presos pelo crime Etevaldo, além de Antônio Gomes da Silva, que executou o advogado, e Hedilerson Barbosa, que recebeu o dinheiro do coronel e contratou o assassino. Uma empresária chegou a ser presa como mandante, mas as investigações não confirmaram a participação dela no crime.
O crime
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.
Três pessoas permanecem presas e já viraram réus pelo homicídio do advogado: Antônio Gomes da Silva (o executor), Hedilerson Fialho Martins Barbosa (o suspeito de ser o intermediário) e o coronel reformado do Excército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas (que teria financiado o crime).
As prisões, parte delas efetuadas na região de Belo Horizonte (MG), foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá.