PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A operação "Integration" foi deflagrada no dia 4 de setembro, pela Polícia Civil de Pernambuco, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Deolane Bezerra, advogada e influenciadora, foi uma das pessoas presas durante a ação. As investigações começaram em abril de 2023 e apontaram que a quadrilha usava várias empresas de fachada, incluindo de eventos, publicidade e casas de câmbio, para movimentar grandes quantias de dinheiro de forma ilícita.
A ação da Polícia Civil resultou no cumprimento de 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Recife, Barueri (SP), e Curitiba (PR). Também foram realizados os sequestros de bens de alto valor, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de ativos financeiros que somam mais de R$ 2,1 bilhões. A operação também incluiu a retenção de passaportes e a suspensão do porte de armas dos investigados.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
Empresas de Deolane
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões das contas de Deolane e de R$ 14 milhões da empresa dela, sob a acusação de lavagem de dinheiro. Deolane, que afirmou ter uma renda mensal de R$ 1,5 milhão, também está envolvida na abertura de uma nova empresa de apostas, a ZEROUMBET, com um capital inicial de R$ 30 milhões. A polícia suspeita que a empresa possa estar ligada a atividades de lavagem de dinheiro relacionadas a jogos ilegais.
Além disso, há indícios de que a mãe de Deolane, Solange Bezerra, também poderia estar envolvida no esquema. Em decorrência dessas suspeitas, a Justiça ordenou o bloqueio de R$ 3 milhões das contas dela. A investigação está em andamento para apurar a extensão das atividades ilícitas e o envolvimento dos envolvidos.
A defesa de Deolane está trabalhando para reverter a situação e provar a inocência dela, mas, enquanto isso, ela permanece sob custódia.
Ponto inicial das investigações
O ponto de partida para investigação começou em 2022, após a apreensão de R$ 180 mil reais e um caderno de anotações em uma banca de jogo do bicho em Recife, supostamente pertencente a Darwin Henrique da Silva, um conhecido bicheiro da cidade. O dinheiro e as anotações forneceram pistas sobre operações financeiras e conexões dentro da rede de jogo ilegal, ajudando a polícia a aprofundar a investigação sobre atividades ilícitas e organizações envolvidas.
No mesmo esquema apareceu Darwin Henrique da Silva Filho, que é filho do bicheiro e dono da plataforma da famosa apostas Esportes da Sorte, que é legalizada e tem sua sede em Curaçao, uma ilha do Caribe.
Quem aposta na plataforma, faz depósitos via pix para uma outra empresa, a Pay Brokers – Facilitadora de Pagamentos, com sede em Curitiba.
Atualmente, Darwin Henrique da Silva, o pai, está foragido e aguarda o julgamento de um pedido de habeas corpus. Sua defesa argumenta que ele estava ausente no momento da operação devido a compromissos profissionais, e ele decidirá sobre sua apresentação à polícia após a decisão do habeas corpus.
Já Darwin Henrique da Silva Filho se apresentou à polícia e afirmou que todos os seus rendimentos foram devidamente declarados. Ele nega qualquer conexão entre a sua empresa, Esportes da Sorte, e o jogo do bicho, tentando desassociar a plataforma de apostas de qualquer atividade ilegal.
Avião de Gusttavo Lima
A Polícia Civil de São Paulo, em ação conjunta com forças policiais de Pernambuco, Paraná, Paraíba e Goiás, apreendeu na última quarta-feira (4) um avião que pertence a uma empresa do cantor sertanejo Gusttavo Lima.
O Cessna 560 XLS, com prefixo PR-TEN, foi recolhido durante manutenção no Aeroporto de Jundiaí, em São Paulo. A aeronave apreendida está registrada na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com o nome empresa Balada Eventos e Produções LTDA., vinculada ao cantor Gusttavo Lima.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião foi registrado pela empresa do cantor em 30 de julho de 2022.
Versão do cantor
Gusttavo Lima se manifestou nas redes sociais para esclarecer que não tem relação com o avião apreendido na Operação Integration. O cantor afirmou que o avião foi vendido no ano passado e que ele não está mais associado à aeronave.
“O bebê não pode pegar uma semana de descanso! Estão dizendo aí que o meu avião foi preso, gente…Eu não tenho nada a ver com isso, me tira fora disso. Esse avião foi vendido no ano passado. Honra e honestidade foram as únicas coisas que sempre tive na minha vida, e isso não se negocia”, afirmou o cantor em suas redes sociais.
A equipe do cantor afirma que o avião foi vendido por meio de um contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para uma empresa. Dessa forma, a empresa é a proprietária e está registrada no RAB da Anac como operadora até o deferimento do processo de transferência pelo órgão, conforme informado pela equipe.