ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda, do Núcleo de Defesa da Mulher da Delegacia de Lucas do Rio Verde, concluiu na sexta-feira (26) o inquérito sobre o homicídio da jovem transexual Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, morta em 15 de janeiro.
O autor, empresário Jorlan Cristiano Ferreira, foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado (cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino no contexto da violência doméstica) e ocultação de cadáver.
Jorlan, apesar de casado, tinha relação extraconjugal com a vítima. Ele é assassino confesso do crime.
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Em um áudio gravado no momento da prisão, o suspeito detalha a dinâmica do crime à policia. "Joguei todas as coisinhas dele no rio, a faquinha de serra, a maquininha de cartão...Parei em cima da ponte e joguei tudo no rio. Antes, ele tentou pular em cima de mim, mas eu peguei ele e dei um mata leão nele, não sei por quanto tempo, peguei e finquei a faca", diz.
Jorlan foi preso em flagrante e teve a prisão mantida em audiência de custódia.
Relembre o caso
Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, foi encontrada morta, em uma fazenda às margens da MT-485, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá no dia 16 de janeiro.
O corpo de Mayla foi encontrado por funcionários da fazenda estavam passando uma máquina de plantio na propriedade rural e viram uma lona.
O empresário matou a vítima com golpes de faca de churrasco. Em seguida, ele cobriu o corpo com uma piscina infantil de plástico e desovou o corpo em uma lavoura na MT-485, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso.
A jovem teria contado para os amigos que queria retornar para Várzea Grande, região metropolitana da capital, onde vivia anteriormente, no entanto, o empresário não aceitava e teria passado a ameaçá-la.
No dia do crime, Mayla compartilhou uma foto da placa do carro do empresário com pessoas próximas a ela, o que ajudou a polícia a localizá-lo.