PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A empresária Julinere Goulart Bentos, detida junto com o marido César Jorge Sechi, teria admitido informalmente a policiais que ordenou a morte do ex-presidente da OAB de Mato Grosso (OAB-MT), Renato Nery.
Conforme decisão da juíza Edna Coutinho, responsável pelo caso, embora Julinere alegue que desistiu do plano, sua confissão, aliada a outras provas, fortalece os indícios de envolvimento no crime. Em conversa com os agentes, ela também teria declarado sentir “muita raiva” de Nery, acusando-o de ter “tomado suas terras”.
Nery foi baleado na cabeça em julho de 2024, ao chegar em seu escritório em Cuiabá. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu no dia seguinte.
O crime ganhou novos contornos após o depoimento do policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que confessou participação no atentado e apontou Julinere e o marido como mandantes.
ACOMPANHE: Tenha notícias exclusivas no WhatsApp acessando o link: (clique aqui)
SIGA: Seja nosso seguidor no Instagram e acompanhe as notícias e conteúdos (clique aqui)
SIGA: Seja nosso seguidor no X antigo Twiter tenha acesso as notícias e conteúdos (clique aqui)
A magistrada destacou que, embora Julinere tenha optado pelo silêncio nos interrogatórios oficiais, suas declarações informais ganharam relevância diante das provas coletadas, incluindo um bilhete que menciona uma cobrança relacionada ao pagamento pelo assassinato.
Em depoimento, a empresária também disse que vinha sendo extorquida pelo policial militar Jackson Barbosa, que está preso. No entanto, a juíza considerou coerente a avaliação da polícia de que a extorsão só teria ocorrido porque Julinere teria envolvimento com o crime.
O casal foi preso em 9 de maio pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira confessar que ambos teriam encomendado o atentado contra Renato Nery.
A Justiça determinou a prorrogação da prisão temporária por mais 30 dias, sob a justificativa de que a liberdade dos suspeitos poderia prejudicar o andamento das investigações, com risco de coação de testemunhas e manipulação de provas. O caso segue sob apuração da DHPP.